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'Superstar' chega ao fim e não deixará saudade, mas abre enorme lacuna

Combate Rock

04/01/2017 07h00

Marcelo Moreira

Primeira formação da banda Malta, que venceu o primeiro 'Superstar'

Acabou muito rápido o sonho das bandas de todos os tipos e todos os gêneros de ter algum sucesso em tempos mais do que bicudos – mesmo que fosse passageiro. A TV Globo anunciou o fim do reality show "Superstar", que tinha a pretensão de escolher e apoiar grupos musicais nem sempre iniciantes.

O motivo do cancelamento foi a baixa audiência do programa em suas três temporadas e será substituído pelo humorístico tamanho família.

Especialistas afirmam que o programa estava na marca do pênalti faz tempo, mas contavam com pelo menos mais uma temporada para atestar definitivamente o fracasso da iniciativa, importada de um formato implantado na TV israelense.

O fato é que "Superstar" nunca decolou e jamais conseguiu angariar o respeito de parte expressiva dos músicos, principalmente do rock.

O conteúdo artificial e os critérios pouco transparentes na escolha de bandas minaram de cara a credibilidade do programa, corroendo-a progressivamente ao longo das três temporadas.

As bandas premiadas, por sua vez, também foram vítimas dos problemas estruturais da atração, cerceadas em suas performances por conta de um formato engessado e unicamente endereçado aos índices de audiência, e jamais privilegiando o conteúdo artístico.

Apesar de se ser um programa ruim, seu desaparecimento preocupa, já que era a única coisa relacionada à música na TV aberta e que, eventualmente, privilegiava o rock. Sem "Superstar", não resta mais nada, já que o "X-Factor", da TV Bandeirantes, também naufragou.

"Superstar" some sem deixar saudades, mas abre uma lacuna grande, de novo, em relação às oportunidades para novos artistas, de qualquer gênero. Que o fracasso desse reality show artificial não determine de vez o fim dos programas dedicados à música na TV.

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Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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