Maurício Gaia

Um sábado à tarde, numa conversa à toa com o escritor Arthur Chrispin, fomos de Jerry Cantrell até Was (Not Was), aquela banda semi-obscura dos anos 80. Eis que acabo descobrindo que existe uma música dos caras, gravada num álbum de 1983, cantada por Ozzy Osbourne.

De nada a música tem com QUALQUER coisa que o Ozzy tenha feito até então ou de lá pra cá – é uma daquelas bobagens pop que acabam grudando na sua mente em uma tarde de verão.

Mas a parada não acaba aí: a história conta que os caras usaram uma voz feminina durante as gravações: a cantora era uma desconhecida que, como tantos, estava na batalha por seu lugar ao sol. No fim das contas, a edição final não contou com esta cantora, Madonna Louise Ciccone.

Anos depois, cientes da cagada (ou do azar) que fizeram, eles resolveram relançar a música, utilizando finalmente a gravação com Madonna, que vetou a utilização – acabaram convidando Kim Bassinger pra fazer a voz feminina.
Finalmente, uma compilação com um novo remix de "Shake Your Hand" recupera a versão com Madonna – segundo os produtores, foi por engano (aham).

Mas o grande barato da história toda é perceber que ouve um momento em que sim: era possível você chamar um cara como Ozzy Osbourne e propor que ele gravasse algo completamente do que ele já tivesse feito até então. E o mais louco, ele topar!!

Nos dias de hoje, onde todos os riscos são calculados, isso seria inimaginável, o que realmente é uma pena (ok, existem exceções aqui e ali, mas elas são simplesmente isso, exceções).

Será que o mundo está preparado para um encontro entre Ozzy Osbourne e Madonna?