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Campanha pretende financiar livro sobre música psicodélica brasileira

Combate Rock

21/07/2016 07h03

Da equipe Combate Rock

O jornalista, pesquisador e colecionador de discos Bento Araujo é um raro profissional da área da cultura e das artes. Obstinado e perseverante, faz de seu projeto multimídia, o Poeira Zine, um oásis de bom gosto e informação minuciosa, ainda que tais características deem-lhe um ar de nerd.

Araujo se acostumou a escrever para um grupo seleto e exigente de leitores de sua revista antes mensal, considerada por muitos a melhor publicação da área musical do Brasil.

Para ele e seus colaboradores, entre eles o erudito Ricardo Alpendre, vocalista da banda Tomada, não basta apenas dissecar um álbum de rock ou a história de um artista. É necessário que a obra seja muito importante, ou que concentre tamanha carga de informações pouco divulgadas, ou que tenha um bastidor tão saboroso que justifique uma imersão profunda. O resultado é frequentemente espantoso, como os densos textos sobre o rock argentino ou sobre bandas húngaras de rock progressivo.

Agora o editor da revista Poeira Zine resolveu ir mais longe: acaba de lançar uma campanha de financiamento coletivo (crowdfunding) para viabilizar o seu primeiro livro, "Lindo Sonho Delirante: 100 discos psicodélicos do Brasil (1968-1975)".

O jornalista Bento Araujo (FOTO: ARQUIVO PESSOAL/FACEBOOK)

Muitos irão perguntar: será que realmente existem ou existiram 100 álbuns psicodélicos neste país? Não duvide de Araujo: se ele diz que existem, então é só esperar e conferir o livro.

O livro é uma celebração à música psicodélica e a ideia é publicar a obra em português e em inglês.

Para preparar o livro, Bento Araujo passou mais de um ano reouvindo, analisando, compilando, contextualizando e resenhando os cem (100) álbuns e compactos psicodélicos que mudaram para sempre a música feita no Brasil e na América do Sul. O autor também garimpou histórias, curiosidades e informações inéditas sobre um dos períodos mais incríveis e inspirados, porém ainda absurdamente negligenciados, da música brasileira.

Considerando o disco-manifesto "Tropicalia ou Panis et Circencis" como uma espécie de marco zero da psicodelia nacional, a pesquisa começa em 1968 e termina oito anos depois, com o lançamento do talvez mais raro e mitológico disco psicodélico brasileiro, "Paêbirú: Caminho da Montanha do Sol", lançado por Lula Côrtes e Zé Ramalho, em 1975.

Para saber mais sobre a campanha e se tornar um apoiador do projeto, acesse www.catarse.me/lsd

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Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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