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"A Moon Shaped Pool", do Radiohead, é o antirrock em sua essência

Maurício Gaia

11/05/2016 12h00

Maurício Gaia

Em determinada vez, Samuel Rosa, do Skank, dizia que tinha orgulho em ter feito a transição do dancehall e festivo da fase inicial da banda em direção a um som mais maduro, que se iniciou na virada do século.

Capa de "A Moon Shaped Pool", novo álbum do Radiohead

Guardadas as devidas diferenças, talvez o mesmo tipo de pensamento passe pela cabeça de Thom Yorke e os demais membros do Radiohead, que lançaram no domingo passado seu último álbum, "A Moon Shaped Pool".

Embora menos experimental que o álbum anterior, "The King of Limbs", de 2011, este álbum reforça a distância enorme que existe entre a banda hoje e aquela que despontou para o sucesso com "Creep", nos anos 90.

Cada vez menos afeita aos padrões do pop e do rock, Radiohead traz em seu novo trabalho, 11 faixas, muitas delas já apresentadas ao público em shows ao longo da carreira – "True Love Waits", por exemplo, foi apresentada ao vivo pela primeira vez em 1995.

As faixas, dispostas em ordem alfabética, inserem o ouvinte em um mundo sombrio e melancólico, com destaque para o trabalho do guitarrista Jonny Greenwood.

O segundo clipe deste álbum, "Daydreaming" explicita o desconforto que permeia o disco. Nele, Thom Yorke entra e sai de diversos ambientes, criando uma sensação de angústia no espectador, embalada por uma trilha sonora que remete ao ambient.

"A Moon Shaped Pool" é um disco que exige atenção do ouvinte e é antirrock em sua essência e apresenta uma banda madura e consciente do que busca para sua arte.

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Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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