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Prince era um gênio raro e visionário

Maurício Gaia

21/04/2016 15h11

Maurício Gaia

Prince morreu aos 57 anos

Prince era um gênio raro. Desde o início de sua carreira, tinha controle absoluto sobre sua carreira e sua obra. Garoto prodígio, somente assinou com Warner quando teve garantia que a gravadora não interferiria em seu trabalho.

Ousado, polêmico, misturava sexo e religiosidade em suas canções como quem prepara um prato de arroz e feijão, mas em um caldeirão sonoro que trazia funk, soul e rock, em especial o glam.

Ambicioso, lançou-se no cinema, com um filme (de roteiro simplório), mas trilha sonora poderosa: Purple Rain. Nele, cercou-se de amigos dos tempos de escola, como Morris Day (que comanda a banda que rivaliza com a de Kid, personagem de Prince).

Depois de ter alcançado sucesso com a banda Revolution, que o acompanhou desde o álbum "1999" até o "Parade" (que tem talvez o melhor single de todos os tempos: "Kiss"), Prince lançou alguns álbuns como artista solo, incluindo parte da trilha sonora de "Batman".

Em 1993, depois de uma disputa com a gravadora, abre mão de seu nome, adotando um impronunciável símbolo para representá-lo e passa a ser acompanhado pela New Power Generation.

Em 1997, foi o primeiro grande artista a comercializar um álbum ("Crystal Ball") pela internet, através de seu site. Apesar do pioneirismo, tornou-se um crítico quanto ao meio, tendo retirado músicas e vídeos de serviços de streaming e do Youtube, ao longe dos anos.

 

Ao término de seu contrato com a Warner, lança um álbum triplo, chamado "Emancipation" e em 2000 volta a usar o nome Prince. Ainda lançou grandes álbuns, como "Musicology" e "LotusFlow3r". Em 2014, volta a assinar com a Warner, garantindo que as gravações master de seu primeiro contrato passassem a ser de sua posse. No ano passado, lançou dois álbuns, "HITnRUN Phase One" e "HITnRun Phase Two".

Prince Roger Nelson, o pequeno gênio de Minneapolis, exímio guitarrista e hitmaker, morreu hoje, aos 57 anos, em sua casa/estúdio em Minneapolis, sua cidade natal.

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Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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