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Quatro prêmios grammy para o Alabama Shakes fazem bem para boa música

Combate Rock

20/02/2016 07h00

do site Roque Reverso

Alabama Shakes (Foto: Divulgação)

Quando o disco "Sound & Color" foi lançado em 2015, a impressão imediata na primeira audição foi a de que o álbum tinha qualidade e dificilmente seria superado no ano. Quando a música "Don't Wanna Fight" foi ouvida pela primeira vez, não havia dúvida de que ela era fácil candidata a hit do ano. Na 58ª edição do Grammy, que aconteceu na segunda-feira, 15 de fevereiro, em Los Angeles, os quatro prêmios dados à excelente banda norte-americana foram não apenas um justo reconhecimento a um grande trabalho, mas algo que faz bem para a música em geral.

Nós do Roque Reverso sempre tivemos um pé atrás com o Grammy desde que o Jethro Tull ganhou o prêmio de melhor artista de hard rock/metal do Metallica em 1989. E sempre lembramos isso. Gafes históricas à parte, reconhecer algo de qualidade é o mínimo que a premiação norte-americana pode fazer e, quando faz algo correto, também merece elogios.

O Alabama Shakes venceu o Grammy nas categorias de Melhor Álbum Alternativo, Melhor Música de Rock e Melhor Performance de Rock, além de conquistar um prêmio técnico como a melhor engenharia de som de disco não-clássico. Concorreu também ao prêmio de Melhor Álbum do Ano, mas, apesar de merecer, perdeu para a cantora pop Taylor Swift.

De quebra, a banda fez uma perfeita apresentação ao vivo que só ratificou a percepção de que está num momento extremamente positivo da carreira. Ao receber um dos prêmios, a guitarrista e vocalista ultra talentosa Brittany Howard não escondeu a grande emoção.

Ainda no mundo do rock, o Grammy escolheu o disco do Muse, "Drones", como o Melhor Álbum de Rock. Na categoria Melhor Performance de Metal, o grande vencedor foi o grupo mascarado Ghost, pela música "Cirice", do disco "Meliora".

Entre os shows da noite, além da ótima apresentação do Alabama Shakes, houve uma série de homenagens a nomes de astros da música que morreram recentemente. David Bowie, Lemmy Kilmister, B.B. King e Glenn Frey, do Eagles, foram os merecedores das homenagens.

No caso de David Bowie, a cantora Lady Gaga fez uma excelente apresentação, lembrando vários sucessos do camaleão do rock. No caso de Lemmy, o grupo Hollywood Vampires teve uma performance digna, apesar do jeito meio bagunçado na apresentação do clássico "Ace of Spades".

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Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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