Novo clipe da banda Cachorro Grande explicita influências eletrônicas
Combate Rock
01/02/2016 07h00
Marcelo Moreira
Em busca de novas abordagens sonoras, o quinteto Cachorro Grande surpreendeu em 2014 com o álbum "Costa do Marfim", com o tradicional som psicodélico-sessentista com a adição de elementos eletrônicos dançantes. Houve quem ficou chocado com a inovação, mas no geral a obra agradou.
A mistura inusitada e ousada ganhou força com uma mistura caótica e colorida do sol, praia e surf, permeada sob a estética psicodélica dos anos 1980 nos videoclipes lançados para a divulgação da banda, e foi o caminho escolhido pelo diretor britânico Charly Coombes na elaboração da identidade visual do clipe da faixa "O Que Vai Ser".
Segundo o vocalista Beto Bruno, há influências de trabalhos audiovisuais de bandas como Daft Punk, Beck, The Cure, The Clash, Supergrass e muitas outras no trabalho de Coombes, também responsável pelo clipe de "Como Era Bom".
Além de diretor de vídeos, Coombes é músico e compositor, tendo no currículo passagens pelo Supergrass e "22-20s". Em setembro do ano passado, lançou o segundo álbum de sua carreira solo: "Black Moon".
O single é a décima faixa do álbum "Costa do Marfim", sétimo disco da Cachorro Grande lançado em 2014. "O Que Vai Ser" surpreende pela mescla de elementos pop com arranjos eletro, como se fosse uma mistura de Daft Punk e Tame Impala – o clima festivo contrasta com a letra questionadora sobre a vida e suas decisões.
Além disso, a banda está em estúdio com o produtor musical Edu K gravando o oitavo disco da carreira e segundo da trilogia que teve início com o "Costa do Marfim". Ela representa uma fase de experimentação que transita entre o eletrônico e o rock clássico regada a uma boa dose de psicodelia. A previsão de lançamento é no segundo semestre deste ano.
A Cachorro Grande foi formada em 1999 na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, por Beto Bruno (vocal), Marcelo Gross (guitarra), Rodolfo Krieger (baixo), Pedro Pelotas (teclado) e Gabriel Azambuja (bateria).
Sobre os Autores
Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.
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