Black Sabbath não consegue se livrar do fantasma de Bill Ward
Combate Rock
27/01/2016 17h00
Marcelo Moreira
Parecia que haveria uma trégua entre as partes, e a última turnê da carreira do Black Sabbath seguiria sem turbulências. Mas o baixista Geezer Butler não conseguiu se controlar e provocou o aparentemente ex-amigo Bill Ward, o baterista original excluído da reunião ocorrida a partir de 2012.
Em uma entrevista, Butler disse que a banda ofereceu a Ward a chance de fazer um show na turnê de despedida, mas que o baterista teria recusado a oferta.
Indignado, Ward reagiu, dizendo que não recebeu oferta alguma. "Meses antes da tal turnê de despedida meus empresários entraram em contato com os do Black Sabbath dizendo que eu estaria disposto a conversar para tocar na turnê. A resposta foi que eles não estavam interessados", disse a agências e internacionais e revistas inglesas.
"Ele quer tocar a turnê inteira ou nada. Adoraríamos que ele aparecesse no último show e fizesse parte de tudo, mas ele não quis. E eu entendo: eu não gostaria de ser convidado para participar apenas do último show. É uma pena, mas é assim que as coisas são", disse Butler em entrevista à Radio.com.
Ward ainda postou no Facebook que realmente não quer tocar apenas um show por ser capaz de fazer a turnê toda. Voltou a dizer que está bem de saúde para isso, contrariando as palavras de Ozzy Osbourne. Na época, o cantor havia declarado que Ward estava acima do peso e fisicamente incapaz de fazer turnê.
A questão é essa divergência, digamos assim, mancha um pouco aquela que deve ser uma das principais turnês dos últimos anos no rock.
Desnecessária e constrangedora, a polêmica deveria estar enterrada faz tempo. Desde 2013 está claro que Butler, Ozzy Osbourne e Tony Iommi não têm interesse em contar com Ward – a falta de confiança é explícita. Que o Sabbath se despeça em paz, e que Ward siga o seu caminho sem o mesmo estresse de sempre.
Sobre os Autores
Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.
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