Mauricio Gaia

Ano passado, não acompanhei a primeira edição do reality show Superstar, na TV Globo. Ontem, em casa de bobeira, resolvi assistir a estréia desta edição e ver qual é. Afinal de contas, o vencedor da edição passada foi uma banda (ruim) de rock. Dar uma olhada era uma obrigação.

Pois bem, eu vi e, embora tenha prestado atenção em todas as bandas, me ative mais às bandas de rock. A primeira coisa que me chamou atenção –  não tinha nenhum novato ali. A primeira banda tinha 15 anos de estrada. A segunda, de pagode, o mesmo tempo e já conta com apresentações na Europa. O simpático e competente trio de forró, já tocou (ou gravou, não lembro), com Dominguinhos. Aí, para encerrar, Tianastácia, que se você não sabe ou não se lembra, já teve seus hits radiofônicos nas radios rock por aí. Para completar, eles tocaram justamente "Cabrobró", que tocou bastante mesmo nas rádios na década passada.

Não sei quais foram os critérios de seleção, nem quem serão os próximos candidatos, mas só vi macaco velho ali. Sem contar que permitir que as bandas apresentem covers de outros artistas para se submeter a votação popular faz com que elas tenham maior identificação com a audiência – os gaúchos do Wannabe Jalwa foi a que apresentou o trabalho mais interessante da noite – moderno, antenado, mas cantado em inglês (o que dificulta as coisas, como bem alertou o jurado Paulo Ricardo), não se classificou – vai disputar uma repescagem, enquanto uma extremamente competente Eletronaipe foi adiante com uma versão de "Na Chuva, Na Rua, Na Fazenda", do soulman Hyldon.

Aí me pergunto, pra que serve o Superstar? Pra revelar novos nomes ou para servir como uma base para relançamento de carreiras?