Marcelo Moreira

E o Pink Floyd vai mesmo lançar um "novo" álbum. A iniciativa agora tem data: 10 de novembro. "The Endless River conterá supostas músicas inéditas e será o primeiro com algo novo desde "The Division Bell", de 1994. E é bom lembrar que o "dono" da banda, o guitarrista David Gilmour, disse várias vezes entre 1995 e 2000 que a banda estava acabada. Normalmente, essa seria a notícia do ano ou da década, caso os detalhes não surgissem logo em seguida: não, a banda não voltou à ativa, com ou sem Roger Waters (baixo).

O tal álbum, na verdade, erá composto por "sobras" de material composto durante a gravação de "The Division Bell", em sessões ocorridas entre 1993 e 1994. Essas "sobras", que não serviram para entrar no apenas razoável álbum de 1994, serão acrescidas de gravações adicionais" que estão sendo realizadas desde maio, sob a coordenação de Gilmour.

"Escutamos mais de 20 horas dos três (Gilmour, Wright e Mason) tocando juntos e selecionamos a música com a qual queríamos trabalhar para o novo álbum. Durante o último ano, acrescentamos partes novas, regravamos outras e, em geral, empregamos a tecnologia de estúdio para criar um álbum do Pink Floyd do século XXI", explicou Gilmour ao site do jornal inglês The Guardian.

Já Nick Mason, o baterista, diz que o trabalho é um tributo ao tecladista Rick Wright, morto em 2008. "Acho que este álbum é uma boa maneira de reconhecer muito do que ele faz e como sua maneira de tocar estava no coração do som de Pink Floyd", disse ao mesmo jornal.

"Novo" álbum??????? Faltam adjetivos para qualificar essa "iniciativa" de Gilmour e de quem cuida do espólio do Pink Floyd. Picaretagem"? Engodo? Enganação? Mentira? Bola nas costas? Escolha o que melhor de adequar.  O Pink Floyd não precisa disso. Nenhuma banda de classic rock gigante precisa disso.

Durga McBroom-Hudson/Facebook/Reprodução

A cantora Durga McBroom-Hudson (terceira da esq. à dir.) canta com David Gilmour nas gravações adicionais de "The Endless River"