O rock e arte contra a vanguarda do atraso na avenida Paulista
Marcelo Moreira
O rock terá um teste interessante neste domingo, 26 de maio, na avenida Paulista. Como ocorre semanalmente, a avenida ficará fechada para lazer e performances artísticas. Só que os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) já avisaram: marcarão presença no local no que achamam de dia nacional de protestos (sic) a favor do governo e do presidente.
Será algo enervante e preocupante, pois as redes sociais foram tomadas por bravatas e promessas de confronto com "comunistas" em todo o Brasil por conta da demonstração de "apoio" a um governo que esfarela e a um presidente incapaz.
Em alguns grupos, a intenção de ocupar a avenida Paulista está explícita, com ameaças a qualquer um que se oponha aos atos. Ou seja, artistas que normalmente ocupam a avenida e que recebem público variado correm risco neste domingo.
Foi assim durante a campanha eleitoral de 2018, após o segundo turno da eleião presidencial, quando correligionários de Bolsonaro invadiram a avenida Paulista em um domingo e expulsaram a pontapés músicos e artesãos, em uma autêntica "ocupação".
Ao melhor estilo de milicias e torcidas organizadas de futebol, apareceram aos milhares pela manhã e usaram odo tipo de intimidação para espantar "indesejáveis". Desde essa época já era claro que essa gente nefasta encarava a arte e a cultura como inimigos.
Nem mesmo supostos simpatizantes de Bolsonaro escaparam da ira fascista dos energúmenos que invadiram a Paulista naquele dia, fato que simplesmente acabou com o lazer para mita gente.
Como relatou o Combate Rock, um músico que tocava todos os domingos na avenida Paulista e que era eleitor convicto do ex-capitão do Exército sofreu intimidação e teve equipamentos chutdos por milicianos do partido de Bolsonaro qando começava a montar o equipamento, logo às 8h.
É provável que o governo de São Paulo, que simpatiza com a maioria das ideias horrendas do ocupante do Palácio do Planalto, ofereça um aparatos de segurança reforçado para evitar confrontos pela cidade, mas não nos enganemos: a Polícia Miltar de São Paulo, com sua típica postura agressiva e repressiva, não é amigavel com qualquer tipo de manifestante, em epsecial com aqueles que antagonizam com o ocupante do Palácio dos Bandeirantes.
Será um teste, mas não será um bom dia para artistas e músicos e para todos aqueles que defendem a democracia e que execram o fascismo. Os cães hidrófobos da direita e da extrema direita estarão babando na defesa do "mito" e bradando contra a civilização e contra os "vagabundos" – artistas, músicos, professores, educadores e todos aqueles que criticam o patético governo federal.
Seria ingenuidade achar que nada vai acontecer. Haverá confrontos, havera brigas e tentativas infindáveis de intimidação contra todos os que tentarem apenas exercer o direito de liberdade de expressão, mesmo que seja apenas para tocar covers.
É o caso de evitar a avenida ou de enfrentar as hordas das trevas e do atraso? Não tenha dúvidas de que será um domingo perigoso, mas animado e interessante.
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