O rock tem muito a aprender com torcidas organizadas de futebol
Marcelo Moreira
Os ultraconservadores e os fascistas ficaram com medo e sumiram de São Paulo neste domingo, 31 de maio, quando as torcidas organizadas de clubes de futebol, em suas versões antifascistas, tomaram conta da avenida Pauoista para defender a democracia.
Até mesmo os ramos minúsculos quer apoiam o autoritarismo e lixo fascista destas torcidas arregaram e fugiram de um pretenso confronto que tinham anunciado. Um golaço institucional.
Que tal o rock assumir a linha de frente em tais protestos pela democracia dentro do meio artístico? É uma maneira de de se redimir da omissão e do apoio de parte dos seres execráveis do meio que apoiam Jair Bolsonaro e seu governo lamentável.
Respeitando as regras de isolamento social e de quarentena, por que os roqueiros não se juntam e armam uma passeata representativa e contundente contra o fascismo e as ameaças crescentes de ruptura institucional que surgem todos os dias?
Poderia ser até mesmo no centro da cidade, e não na Paulista. Que tal na frente da Galeria do Rock, que se tornou um foco de reacionarismo roqueiro nestes tempos bolsonaros, com lojistas e administradores de condomínios bradando contra a quarentena, clamando pela retomada da atividade econômica e suplicando pela intervenção "salvadora" de um presidente deplorável?
Os torcedores de futebol, muitos deles roqueiros, deixaram as rivalidades de lado e a violência fascista sempre onipresente no futebol para mostrar que a democracia é o bem político mais importante que existe. Quando é que o rock vai assumir a sua posição e combater esse câncer que se alastra dentro do próprio meio e por toda a nação?
Músicos estúpidos vomitam contra o "comunismo", que morreu há 30 anos, e clamam por intervenção militar e lambem as botas do presidente deplorável. Cadê as forças pró-democracia dentro da cultura e da música?
Até quando esperar, como diz a música emblemática da Plebe Rude? Até quando vamos suportar o silêncio incômodo do rock na questão política que impacta diretamente na existência da arte da cultura?
Atualizando esse texto, a Polícia Militar decidiu investir contra os manifestantes pró-democracia na avenida Paulista neste domingo, 31 de maio, sem conseguir explicar o motivo da violência contra os torcedores organizados de futebol.
As torcidas dos quatro maiores times do Estado se reuniram na avenida para combater o fascismo e marcar posição, mas inexplicavelmente foram atacadas pela PM com bombas e cassetetes.
Em pelo menos quatro domingos seguidos bolsonaristas e fascistas ocuparam o local e se manifestaram sem ser incomodados pela nojenta PM paulista, que agora dispersou os manifestantes antifascistas. O que o incapaz governador João Doria tem a dizer sobre isso?
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