Pussy Riot toca em São Paulo e provoca Bolsonaro
Marcelo Moreira
Não é todo dia que podemos presenciar o show de um grupo de música que extrapolou a arte e virou um movimento social presente no mundo inteiro.
De grupo punk feminino que tentou ser esmagado pela polícia russa de Vladimir Putin a um coletivo de protesto forte e destemido, com uma coragem que deixaria os franguinhos do do MBL (Movimento Brasil Livre)e MPL (Movimento Passe Livre) parecendo crianças de jardim da infância.
A banda Pussy Riot, agora integrada por músicos de vários países, toca em São Paulo nesta quinta-feira, dia 30 de janeiro, dentro da programação do festival Verão Sem Censura, promovido pela prefeitura da cidade de São Paulo e se apresenta em frente ao Centro Cultural São Paulo, às 20h. Linn da Quebrada fará participação especial.
O espetáculo e de protesto e também altamente provocativo, a julgar pelo cartaz crítico que faz alusão ao presidente Jair Bolsonaro e seu lamentável governo conservador e de inspiração autoritária.
O pôster tem cores que lembram o arco-íris, um símbolo LGBTQ+, e traz o rosto de Bolsonaro, em cinza, feito com desenhos de lixo tóxico, agrotóxicos, armas, fumaça de poluição e peixes mortos.
Nas redes sociais, o Pussy Riot foi mais incisivo e mordaz: "Sobre esta cabeça feita e cheia de restos as Pussy Riots cantam e dançam. Juntos façamos aqui nossa revolta sobre esta cabeça monumento-destruição."
O Festival Verão Sem Censura é promovido pela Prefeitura de São Paulo e teve início no dia 17 de janeiro. Durante quinze dias de evento, serão realizadas mais de 45 atividades gratuitas, como peças de teatro, shows, exposições e debates.
A organização priorizou obras de arte censuradas ou criticadas pelo governo Jair Bolsonaro e governadores alinhados com a visão ultraconservadora do presidente.
Já a banda Pussy Riot, que logo virou sinônimo de ativismo político, se notabilizou pelo enfrentamento político na Rússia contra políticas que depredavam os direitos humanos e a liberdade política e de expressão, entre outras coisas.
As integrantes da banda e seu séquito de fãs nunca hesitaram em enfrentar a polícia e a cadeia. Quando duas das integrantes foram presas e condenadas a vários anos de prisão, no início dos anos 2010, vários manifestantes expandiram as fronteiras dos protestos, fazendo com que o nome do grupo se tornasse também a denominação de um "movimento internacional" que se disseminou por todos os continentes.
Sobre os Autores
Sobre o Blog
Contato: contato@combaterock.com.br
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.