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Pussy Riot toca em São Paulo e provoca Bolsonaro

Combate Rock

28/01/2020 23h13

Marcelo Moreira

Pussy Riot (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Não é todo dia que podemos presenciar o show de um grupo de música que extrapolou a arte e virou um movimento social presente no mundo inteiro.

De grupo punk feminino que tentou ser esmagado pela polícia russa de Vladimir Putin a um coletivo de protesto forte e destemido, com uma coragem que deixaria os franguinhos do do MBL (Movimento Brasil Livre)e MPL (Movimento Passe Livre) parecendo crianças de jardim da infância.

A banda Pussy Riot, agora integrada por músicos de vários países, toca em São Paulo nesta quinta-feira, dia 30 de janeiro, dentro da programação do festival Verão Sem Censura, promovido pela prefeitura da cidade de São Paulo e se apresenta em frente ao Centro Cultural São Paulo, às 20h. Linn da Quebrada fará participação especial.

O espetáculo e de protesto e também altamente provocativo, a julgar pelo cartaz crítico que faz alusão ao presidente Jair Bolsonaro e seu lamentável governo conservador e de inspiração autoritária.

O pôster tem cores que lembram o arco-íris, um símbolo LGBTQ+, e traz o rosto de Bolsonaro, em cinza, feito com desenhos de lixo tóxico, agrotóxicos, armas, fumaça de poluição e peixes mortos.

Nas redes sociais, o Pussy Riot foi mais incisivo e mordaz: "Sobre esta cabeça feita e cheia de restos as Pussy Riots cantam e dançam. Juntos façamos aqui nossa revolta sobre esta cabeça monumento-destruição."

O Festival Verão Sem Censura é promovido pela Prefeitura de São Paulo e teve início no dia 17 de janeiro. Durante quinze dias de evento, serão realizadas mais de 45 atividades gratuitas, como peças de teatro, shows, exposições e debates.

A organização priorizou obras de arte censuradas ou criticadas pelo governo Jair Bolsonaro e governadores alinhados com a visão ultraconservadora do presidente.

Já a banda Pussy Riot, que logo virou sinônimo de ativismo político, se notabilizou pelo enfrentamento político na Rússia contra políticas que depredavam os direitos humanos e a liberdade política e de expressão, entre outras coisas.

As integrantes da banda e seu séquito de fãs nunca hesitaram em enfrentar a polícia e a cadeia. Quando duas das integrantes foram presas e condenadas a vários anos de prisão, no início dos anos 2010, vários manifestantes expandiram as fronteiras dos protestos, fazendo com que o nome do grupo se tornasse também a denominação de um "movimento internacional" que se disseminou por todos os continentes.

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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