Topo

Nazismo no seio do governo bolsonarista: a guerra está declarada

Combate Rock

19/01/2020 12h18

Marcelo Moreira

Integrante de grupo neonazista detido no Rio Grande do Sul (Foto: Reprodução)

Arte degenerada foi o grande legado cultural que o nazismo deixou para a humanidade. O termo, abjeto em todos os sentidos, passou a ser usado largamente desde a derrocada daquele regime totalitário para simbolizar toda manifestação que desagradasse aos conservadores e autoritários de todos os matizes.

Ninguém deu muita bola quando um bando de imbecis, todos ligados, de alguma forma, aos nefastos grupos de apoio ao nefasto Jair Bolsonaro, começou a recuperar o termo para sinalizar que os ultracoservadores, medievais, quase todos evangélicos, "não tolerariam um arte que não fosse bela, que não inspirasse sentimentos românticos e patrióticos".

O verbo utilizado foi esse mesmo, "tolerar". Os estúpidos que votaram nma excrescência bolsonara se enclausuraram em suas cavernas envergonhados, mas mesmo os isentões e aqueles que achavam que "não será tão ruim assim" não souberam como reagir ao aparelhamento do aparato cultural do governo federal com gente obscura, medieval, burra e autoritária.

O resultado mais explícito foi a crise explicitada pelo energúmeno Roberto Alvim, secretário de Cultura demitido por fazer apologia ao nazismo em um pronunciamento em vídeo.

Como os resultados práticos, além da censura e do aparelhamento, não ficaram muito visíveis, o mundo da cultura e do entretenimento fingiu que estava tudo bem até que o nazisata elogiado por Jair Bolsonaro fizesse um monte de bobagens e acabasse exonerado a contragosto.

Sim, o autoritário e admirador de teses nazistas Bolsonaro resistiu a demitir o estúpido secretário de Cultura, um teatrólogo incompetente e em snoção do ridículo.

O presidente teve de ser convencido de que nomeara um estúpidop que cometeu um enorme erro, insultando toda a sociedade. O presidente não conseguiu perceber, do alto de sua incapacidade e falta de inteligência, perceber a gravidade.

Como a demissão do estúpido ocorreu mais pela repercussão do que pela percepção do conteúdo nojento, abjeto e criminoso, chegamos à conclusão de que a essência não mudará.

O péssimo presidente manterá a orientação fascista do governo nas áreas da cultura e da educação e a perseguição a quem pensa. Manterá a guerra cultural contra a inteligência e o conhecimento, ou seja, seguirá censurando obras que não se enquadrem no "pensamento medieval ultraconservador de boa moral e bons costumes", entre outras idiotices.

O lixo bolsonarista está subindo as apostas à medida que a incompetência e a imobilidade do governo aprofundam a crise econômica e social do país – mesmo que emissoras de TV, como a Globo, e alguns outros veículos se esforcem por elogiar medidas inócuas e políticas estapafúrdias, tentando enxergar alguma recuperação em terra arrasada.

O imobilismo e a a falta de competência geram desespero, fazendo com que os apoiadores do fascismo, sem saída, avbanbdonem a fase de flerte com o autoritarismo e saima das jaulas para pregar abertamente medidas antidemocráticas e recrudescendo os ataques contra vários setores da sociedade.

A sociedade brasileira é corrupta por natureza e sempre teve um viés de autoritarismo e horror a qualquer tipo de transparência de justiça social. Isso explica a tolerância aos ataques a direitos civis e humanos, o silêncio quanto à depredação da democracia e a manifestações públoicas de fascismo e nazismo.

Tem gente minimizando o episódio do nazismo de Roberto Alvim, o ex-secretário de Cultura. Tem genté invocando a liberdade de expressão para tentar justificar o crime cometido pelo estúpido ex-funcionário do governo.

Nazismo é crime, e o presidente da República cogitou ignorar isso e manter o fascista declarado no cargo. E tem gente que não viu nada demais no vídeo gravado pelo estúpido, mutos deles músicos de rock e fãs do estilo que estão saindo cada vez mais do armário.

Fascistas não gostam de liberdade. Portanto, não gostam de rock, que sempre prezou a liberdade de expressão e informação. Artistas têm por obrigação ser contra o governo fascista de Jair Bolsonaro. Tem por obrigação fazer toda e qualquer tipo de oposição a essa "ideologia e medieval".

Todo roqueiro tem que ser contra Jair Bolsonaro e seu governo asqueroso, pois atua contra o próprio rock e os ideais que sempre nortearam o estilo. Quem defende e apoia o governo de inspiração nazista não merece respeito. Quem votou em Bolsonaro só pode ter sido acometido por um grave surto de imbecilidade, monentânea ou não – pelo menos eu quero crer nisso.

 

 

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
Contato: contato@combaterock.com.br

Blog Combate Rock