Nazismo no seio do governo bolsonarista: a guerra está declarada
Marcelo Moreira
Arte degenerada foi o grande legado cultural que o nazismo deixou para a humanidade. O termo, abjeto em todos os sentidos, passou a ser usado largamente desde a derrocada daquele regime totalitário para simbolizar toda manifestação que desagradasse aos conservadores e autoritários de todos os matizes.
Ninguém deu muita bola quando um bando de imbecis, todos ligados, de alguma forma, aos nefastos grupos de apoio ao nefasto Jair Bolsonaro, começou a recuperar o termo para sinalizar que os ultracoservadores, medievais, quase todos evangélicos, "não tolerariam um arte que não fosse bela, que não inspirasse sentimentos românticos e patrióticos".
O verbo utilizado foi esse mesmo, "tolerar". Os estúpidos que votaram nma excrescência bolsonara se enclausuraram em suas cavernas envergonhados, mas mesmo os isentões e aqueles que achavam que "não será tão ruim assim" não souberam como reagir ao aparelhamento do aparato cultural do governo federal com gente obscura, medieval, burra e autoritária.
O resultado mais explícito foi a crise explicitada pelo energúmeno Roberto Alvim, secretário de Cultura demitido por fazer apologia ao nazismo em um pronunciamento em vídeo.
Como os resultados práticos, além da censura e do aparelhamento, não ficaram muito visíveis, o mundo da cultura e do entretenimento fingiu que estava tudo bem até que o nazisata elogiado por Jair Bolsonaro fizesse um monte de bobagens e acabasse exonerado a contragosto.
Sim, o autoritário e admirador de teses nazistas Bolsonaro resistiu a demitir o estúpido secretário de Cultura, um teatrólogo incompetente e em snoção do ridículo.
O presidente teve de ser convencido de que nomeara um estúpidop que cometeu um enorme erro, insultando toda a sociedade. O presidente não conseguiu perceber, do alto de sua incapacidade e falta de inteligência, perceber a gravidade.
Como a demissão do estúpido ocorreu mais pela repercussão do que pela percepção do conteúdo nojento, abjeto e criminoso, chegamos à conclusão de que a essência não mudará.
O péssimo presidente manterá a orientação fascista do governo nas áreas da cultura e da educação e a perseguição a quem pensa. Manterá a guerra cultural contra a inteligência e o conhecimento, ou seja, seguirá censurando obras que não se enquadrem no "pensamento medieval ultraconservador de boa moral e bons costumes", entre outras idiotices.
O lixo bolsonarista está subindo as apostas à medida que a incompetência e a imobilidade do governo aprofundam a crise econômica e social do país – mesmo que emissoras de TV, como a Globo, e alguns outros veículos se esforcem por elogiar medidas inócuas e políticas estapafúrdias, tentando enxergar alguma recuperação em terra arrasada.
O imobilismo e a a falta de competência geram desespero, fazendo com que os apoiadores do fascismo, sem saída, avbanbdonem a fase de flerte com o autoritarismo e saima das jaulas para pregar abertamente medidas antidemocráticas e recrudescendo os ataques contra vários setores da sociedade.
A sociedade brasileira é corrupta por natureza e sempre teve um viés de autoritarismo e horror a qualquer tipo de transparência de justiça social. Isso explica a tolerância aos ataques a direitos civis e humanos, o silêncio quanto à depredação da democracia e a manifestações públoicas de fascismo e nazismo.
Tem gente minimizando o episódio do nazismo de Roberto Alvim, o ex-secretário de Cultura. Tem genté invocando a liberdade de expressão para tentar justificar o crime cometido pelo estúpido ex-funcionário do governo.
Nazismo é crime, e o presidente da República cogitou ignorar isso e manter o fascista declarado no cargo. E tem gente que não viu nada demais no vídeo gravado pelo estúpido, mutos deles músicos de rock e fãs do estilo que estão saindo cada vez mais do armário.
Fascistas não gostam de liberdade. Portanto, não gostam de rock, que sempre prezou a liberdade de expressão e informação. Artistas têm por obrigação ser contra o governo fascista de Jair Bolsonaro. Tem por obrigação fazer toda e qualquer tipo de oposição a essa "ideologia e medieval".
Todo roqueiro tem que ser contra Jair Bolsonaro e seu governo asqueroso, pois atua contra o próprio rock e os ideais que sempre nortearam o estilo. Quem defende e apoia o governo de inspiração nazista não merece respeito. Quem votou em Bolsonaro só pode ter sido acometido por um grave surto de imbecilidade, monentânea ou não – pelo menos eu quero crer nisso.
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