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Melancolia e reflexão dominam a balada de Ozzy Osbourne com Elton John

Combate Rock

10/01/2020 15h00

Marcelo Moreira

O encontro entre o Madman com o Rocketman foi fofo e comovente, mas ficou longe de ser memorável. A música "Ordinary Man", que dá título ao novo álbum de Ozzy Osbourne, que será lançado em breve, teve uma grande sacada do produtor Andrew Watt: reunir o mestre do heavy metal com um dos mais importantes cantores e compositores do rock, Elton John.

Tinha tudo para dar errado dada a distância que separa os mundos dos dois astros, mas funcionou. A veia pop de Elton John casou bem com a paixão declarada de Ozzy pelos Beatles e a canção se tornou uma balada interessante, que guarda muitas semlehanças com a suave "Here For You", do álbum "Black Rain".

Com habilidade e inteligência, os arranjos de piano ficaram a cargo do astro pop, que também canta alguns versos no meio da faixa.

Para quem disse que está aposentado, como afirmou Elton John na entrrega do prêmio de cinema Globo de Ouro, nos Estados Unidos, nesta semana, até que mandou muito bem.

"Ordinary Man" faz parte de uma fórmula quase sempre bem-sucedida de Ozzy e seus ajudantes para compor baladas pungentes e melancólicas, quando não excessivamente melosas. É esse o caso aqui, ainda que o toque bluesy das guitarras de Slash sejam um diferencial e tanto.

Não sendo uma canção memorável, talvez fosse dispensável na carreira do Madman. Pode ser incluída na mesma categoria de "If I Close My Eyes Forever", que Ozzy gravou ao lado da guitarrista Lita Ford (ex-Runaways), que nada acrescentou à carreira dele, mas bombou na dela.

Parceria boa mesmo do ex-voclaista do Black Sabbath foi a energética versão de "Hellraiser", registrada ao lado do Motorhead, com um belo dueto entre ele e Lemmy Kilminster.

De qualquer forma, é prazeroso escutar "Ordinary Man" com toda sua melanclia e sua mensagem reflexiva sobre a vida e a morte.

 

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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