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Saxon, 40 anos: o heavy metal ganha a primeira de muitas caras

Combate Rock

08/10/2019 06h50

Marcelo Moreira

O filme "Ou Tudo ou Nada", de Peter Cattaneo e estrelado pelo genial ator e diretor escocês Robert Carlyle, está completando 20 anos de seu lançamento. É um retrato bem humorado de um dos períodos mais duros da sociedasde inglesa, a grave crise econômica do final dos anos 70.

Desempregados e sem perpectivas na cidade indsutrial decadente de Sheffield, cinco amigos de várias profissões inventam um espectáculo masculido de strip tease e se dão bem, ganhando alguns tocvados para sobreviver em tempos complicadíssimos.

E foi nessa época que uma banda da cidade iniciou a sua trajetória para escapar do caos econômico e ter algu futuro na música. Mal sabiam os cinco músicos do Saxon que ajudaraim, ao lado do Iron Maiden e do Judas Priest, a dar forma ao que viria a ser conhecido como o heavy metal moderno – e à NWOBHM (new Wave of British Heavy Metal).

Não tiveram de recorrer a expedientes como o strip tease, mas os integrantes do Saxon foram suficientemente ousados paa criar um som extremo na época do lançamento de seu primeiro álbum, autointitulado, em 1979. Foi quando o metal ganhou a sua primeira cara.

Como todos os músicos e aspirantes a artistas do interior da Inglaterra, os cinco do Saxon eram operários e não tinham muita perspectivas.

O som da banda, que surgiu em 1975 na junção de vários combos, era rústico, meio tosco, mas tinha ordenamento e conceito. Era pesado, industrial, sujo, barulhento e feito para incomodar.

"Ozzy Osbourne dizia que o Black Sabbath., quando surgiu, tinha de tocar muito alto nos pbs para que as pessoas parassem de conversar. Incomodadas, eram obrigadas a prestar a atenção na banda. Foi aí que entendemos que teríamos de soar alto e pesado para chamar  atenção", afirmou o vocalista Peter "Biff" Byford em uma entrevista à revista Classic Rock Magazine.

E a banda de boteco que um dia se chamou Son of a Bitch (Filho de uma Puta, em português), bem ao estilo punk para chocar, se transformou em Saxon por volta de 1977 fazer rock rápido e pesado, ao estilho do então novato Motorhead.

Aliando temas clássicos do rock, como mulheres, bebidas e carros velozes, às glórias militares de um passado violento e histórico, o grupo expandiu o seu público e chamou a atenção de vários empresários e produtores musicais chocados com o estilo barulhento, mas vigoroso, do quinteto, especialmente nas canções com temas épicos.

O primeiro álbum só viria em 1979, com seus integrantes já se sentindo velhos para uma vida sem sucesso até então – todos na faoixa dos 25 anos -, mas as sementes de um novo mundo estavam lançadas. .

Foram precisos mais cinco álbuns em cinco anos para que Saxon se tornasse um dos gigantes do metal, com o maravilhoso "Crusader", de 1984. Desde então são 44 anos de carreira que transformaram o grupo inglês em uma instituição do rock.que

"Às vezes penso que fomos totalmente agraciados com todas as bênçãos do mundo pela carreira que tivemos, com muito mais altos do que baixos e fazendo música bacana que muita gente gosta hpá quase 50 anos. Nosso primeiro disco foi lançado há 40 anos, e certamente precisdaremos comemorar esse feito", afirmou Byford ao Combate Rock no começo este ano, antes da apresentação em São Pauilo.

 

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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