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Gene Simmons chega aos 70: maestria e competência na condução do Kiss

Combate Rock

27/08/2019 12h00

Marcelo Moreira

Uma máquina de fazer dinheiro e hits imortais: o Kiss teve a condução firme de Gene Simmons (o primeiro da esq. para a dir.) para atingir o topo do rock

Ele prometeu e cumpriu: se a pessoas queriam o melhor, teriam o melhor e muito mais. Nada mal para um garoto israelense desajeitado que emigrou para os Estados Unidos e foi transportado para o mundo dos sonhos ao ver os Beatles na televisão.

Chaim Witz, que se transformou em Gene Simmons nos anos 70, chega aos 70 anso de idade à frente de uma verdadeira máquina de fazer dinheiro e sucesso com o fantástico Kiss.

O quarteto mascarado que supostamente teria copiado/se inspirado nas máscaras dos brasileiros Secos e Molhados (ninguém acredita nisso) realmente criou um dos maiores espetáculo da Terra, fazendo rock'n'roll festivo e divertido para milhões de fãs.

Alguns detratores, entre eles o próprio companheiro de Kiss, o guitarrista e vocalista Paul Stanley, dizem que o dinheiro e a fala são as únicas razões de viver do baixista e também vocalista. Muitos livros sobre a banda reforçam esse estereótipo.

Talvez seja um pouco verdade, mas é inegável a qualidasde e a competência que Simmons demonstrou desde o começo ao moldar o conceito do Kiss e explorar as suas infinitas possiblidades comerciais.

Lancheiras? Cadernos? Camisetas estilosas e diferentes? Bonequinhos? Pratos? Tudo o que fosse possível tinha os logos e as figuras dos músicos fantasiados, rendendo milhões de dólares.

Em uma das biografias de Stanley, ele contesta as versões que transformaram Simmons em um gênio do marketing e um rei Midas, que transformava tudo em ouro. O companheiro relata exageros e também uma certa "apropriação" de Gene dos louros que seriam resultado de um trabalho coletivo de músicos e equipe.

Stanley tem lá as suas razões, mas nem ele consegue negar o talento do companheiro/rival para a autopromoção e para empurrar o iss na direção de se tornar uma fantástica máquina de lucros.

Músico eficiente, bom baixista e talentoso compositor, Simmons se tornou referência no show business por sua obstinação, competência e persistência.

Ninguém mais do que ele acreditou que o Kiss daria certo naqueles anos entre 1971 e 1974. Ninguém apostou mais alto do que ele no sucesso da banda e ninguém mais do que ele fez com que tudo desse certo, nos bons e nos maus momentos.

Gene Simmons é parte indissociável do rock como entretenimento e como negócio. Ele entendeu perfeitamente como a roda tinha de girar, fazendo do Kiss um gigante da música pop. Sabia onde queria chegar e que poderia chegar lá. Gene Simmons, aos 70 anos, é um dos motores da engrenagem complexa e fascinante que é o rock'n'roll.

 

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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