Woodstock, 50 anos: música para celebrar a paz e o amor
Do site Roque Reverso
O período compreendido entre os dias 15 e 18 de agosto, em 2019, marca os 50 anos da realização do lendário festival de Woodstock. Originalmente planejado para acontecer do dia 15 ao dia 17, o festival seguiu, em virtude de uma grande chuva no domingo, até o período da manhã da segunda-feira, dia 18, tendo o show de ninguém menos que Jimi Hendrix como apresentação final.
Considerado o maior festival de todos os tempos, o de Woodstock marcou época, num período no qual ocorria a Guerra do Vietnã e, ao mesmo tempo, transformações em todo o planeta no comportamento dos jovens, incluindo a liberação sexual.
Anunciado como "Uma Exposição Aquariana: 3 Dias de Paz & Música", o evento deveria ocorrer originalmente na pequena cidade de Wallkill, mas os moradores locais não aceitaram. Isso levou o festival para a pequena Bethel, distante setenta quilômetros a sudoeste da cidade de Woodstock.
Apesar de o festival ter sido marcado pela ideia da paz e amor, houve duas mortes registradas: a primeira, segundo relatos, resultado de provável overdose de heroína, enquanto a segunda teria sido provocada pelo atropelamento de um trator.
Houve também dois partos registrados.
Entre alguns nomes de peso que marcaram presença no festival de 1969, destaque para, além de Jimi Hendrix, os nomes de Janis Joplin, The Who, Joe Cocker, Jefferson Airplane, Joan Baez, Santana, Grateful Dead e Creedence Clearwater Revival, entre outros.
Entre os nomes de peso da música na época que recusaram convites para tocar em Woodstock estão os Beatles, os Stones, Doors, Led Zeppelin e Bob Dylan, entre outros.
A expectativa inicial era de um público em torno de 50 mil pessoas, mas, logo após o início das vendas de ingressos, já havia um número aproximando de 180 mil entradas vendidas, fazendo os organizadores trabalharem com uma previsão de algo em torno de 200 mil pessoas.
O saldo final foi de algo superior aos 500 mil presentes, com gente derrubando cerca para poder entrar, muitas delas sem pagar.
Em 1994 e 1999, os Estados Unidos foram palco de duas grandes edições comemorativas de Woodstock.
Para 2019, houve expectativa de realização de dois grande eventos comemorativos. Inicialmente, a Centro de Artes Bethel Woods, que fica exatamente onde o histórico festival foi realizado em 1969, informou no fim de 2018 em seu site oficial um evento comemorativo, previsto para acontecer entre 16 e 18 de agosto de 2019.
Em parceria com a gigante dos eventos musicais Live Nation, o centro de artes prometeu no comunicado "três dias de música, cultura e vida comunitária". Segundo o centro, no programa haveria shows de artistas "proeminentes e valiosos, transcendendo gêneros e décadas".
Dias depois do anúncio do Centro de Artes Bethel Woods, Michael Lang, que produziu originalmente o festival de 1969, divulgou comunicado informando que um novo festival de Woodstock seria realizado para comemorar os 50 anos, mas em outro local.
No fim das contas, ambos os eventos não vingaram e o sonho de uma edição de 50 anos não se concretizou.
O fato é que o primeiro Woodstock entrou para a história e mostrou ser possível juntar pessoas para celebrar a música e outras coisas boas da vida.
Festivais pelo mundo afora surgiram. No Brasil, vários foram realizados desde então, com destaque para o Rock in Rio, os Monsters of Rock, Hollywood Rock, Lollapalooza, SWU, entre tantos outros não apenas do rock, mas de outros gêneros musicais.
Em tempos de tanto conservadorismo e tantas notícias negativas em várias partes do mundo, não seria ruim criar um novo Woodstock para tentar resgatar mensagens de paz, amor e conscientização sobre o futuro do planeta. Gente interessada nisso, com certeza, apareceria.
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