Morre André Midani, gigante do mercado musical nacional

Marcelo Moreira

André MIdani (FOTO: DIVULGAÇÃO)

André Midani exalava sabedoria, mesmo que ficasse calado. Essa era a sua principal característica – curiosamente a mesma do jornalista Clóvis Rossi, da Folha de S. Paulo. Em uma coincidência triste, os dois morreram na manhã desta sexta-feira, 14 de junho – Midani, aos 86 anos; Rossi, aos 76.

Unanimidade no meio musical como um dos maiores executivos de gravadoras do Brasil – se não for o principal de todos os tempos -, o francês nascido na Síria adotou o Brasil nos anos 50 do século passado e espalou bom senso, sabedoria e inteligência dentro do entretenimento nacional.

Sua sensibilidade pautou boa parte do mercado, seja lançando novos artistas, seja dando conelhos ou fazendo consultorias.

Apaixonado pela música brasileira, era ouvido pelo mais importante artista sobre qualquer assunto. Cordial e educado, sua palavra acabava viran do lei, por mais que não percebêssemos tal falto. Essa era uma força à qual ninguém resisitia.

Como executivo e como parte integrante do meio musical, teve uma daquelas vidas que podemos claramente classificar como fascinante. Foi-se um dos gigantes do entretenimento nacional.