Dr. John foi gênio e um mestre da música de superação
Marcelo Moreira
Incansável e extravagante, Dr. John foi uma das muitas traduções da sinergia da música de raiz dos Estados Unidos. Em seu piano incandescente, conseguia traduzir e exprimir as muitas caras da cultura de seu país. E tudo isso temperado pela marca da superação.
O músico morreu aos 77 anos nesta quinta-feira em consequência de um ataque cardíaco e Nova Orleans fica sem um dos seus maiores símbolos.
Ele fazia música para o carnaval local, mas também criava uma sonoridade única capaz unir tudo em uma mesma paleta de cores.
O piano regia a mistura de sons e de cores, e Dr. John mostrava ao mundo uma intensidade esfuziante mesmo quando caía no blues melancólico. Sons e melodias que saíam da alma.
Atropelando diversas adversidades ao longo da vida, Dr. John teve altos e baixos, mas conseguia se reinventar como ninguém, fato que o fez reverenciado por músicos do mundo tudo. Era ídolo de roqueiro, blueseiros e respeitadísismo como instrumentista que também fazia (por que não?) world music.
Fora dos palcos desde 2017, quando foi acometido por diversos problemas de saúde, recebeu diversas homenagens desde e então e mita gente esperava que ele ao menos reunisse forças para gravar um último álbum com a ajuda dos muitos amigos que fez no show business. Não deu tempo.
Nem mesmo o furacão Katrina, que devastou a sua cidade na década passada, foi capaz de diminuir a sua tenacidade e luta para ajudar a reconstruir New Orleans e mostrar o quanto a cultura significa para um povo.
Dr. John foi peça importante para o ressurgimento de uma das capitais mundiais da música, demonstrando o quanto a pecha de "músico da superação" nunca foi tão perfeita na definição de um instrumentista. O carnaval de Nova Orleans, na Louisiana, ficará muito mais triste.
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