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Muitas maneiras para celebrar o Dia das Lojas de Discos

Combate Rock

07/04/2019 06h41

Marcelo Moreira

Galeria Nova Barão (FOTO: ASILO DE ROCKEIROS/FACEBOOK)

Qual foi a última vez em que você entrou em uma loja de música/CDs/DVDs musicais? Aliás, você sabe ou se lembra de que já existiram lojas de música em todos os cantos? Melhor ainda, você sabe que ainda existem lojas de música e discos por aí?

Não foi a intenção de provocar, mas foi isso o que texto do jornalista Daniel Fernandes fez em sua coluna/blog na editoria Metrópole, do jornal "O Estado de S. Paulo, no fim de março.

Um dos jornalistas fundadores do Combate Rock, em 2010, ele mencionou o Dia das Lojas de Discos (Record Store Day), que será celebrado no Brasil e no mundo no dia 13 de abril. 

Como seus assuntos sempre focam a cidade de São Paulo, Fernandes pretendeu lançar um "desafio" para este 2019: que tal conhecer uma loja de discos em São Paulo no dia do disco e nos dias subsequentes?

Baseado em outra reportagem do jornal, o texto dá uma série de dicas para quem gosta de música visitar os lugares sagrados que ainda estão na ativa e muitos outros que merecem a atenção.

Lá estão a Conceição Discos, a Baratos Afins, a Galeria do Rock e outras oportunidades para que o resgate de um mundo encantado ocorra.

Aqui, no Combate Rock já demos milhares de outras opções, em São Paulo e no Brasil para quem gosta de "sujar" as mãos de poeira nas prateleiras de CD e vinil.

A Galeria Nova Barão, pertinho da Galeria do Rock, no centro de São Paulo, tem 20 lojas especiais e fantásticas, como a Locomotiva, a Big Papa e a Art Rock.

Em São Bernardo, no ABC Paulista, a Merci discos resiste no bairro de Rudge Ramos. Em Santo André, temos a Metal, no centro, e a rock shop do bar A Gruta, também na região central.

Em Recife, não deixe de conhecer a Passa Disco. Em Americana, no interior de São Paulo, perto de Campinas, tem a Heavy Metal Rock.

Em Santos, são dois os locais da resistência, a Art Discos e a Blaster. No Rio de Janeiro, passe na Darkland e na headbanger, ambas no bairro da Tijuca? Em Belo Horizonte tem a Asgard e a In Rock. Já em Curitiba tem a Savarin e a Let's Rock…

Comprar música, para muita gente, era o mesmo ritual de comprar livros, de ficar horas esquadrinhando as prateleiras em busca de raridades ou de boas ofertas.

Ainda hoje é possível encontrar excursões de cidades do interior de São Paulo e de Estados vizinhos que tiram o sábado para ficar o dia inteiro na Galeria do Rock. Mais do que compras, é um programa turístico e cultural, por mais que o local esteja ficando a cada dia mais descaracterizado – lojas de roupas e bugigangas demais, lojas de CDs e DVDs de menos.

Muitas crianças nas décadas de 90 e 2000 compraram seus primeiros álbuns musicais na Galeria do Rock e ainda ostentam tais peças como troféus.

"O número de lojas aqui na Galeria do Rock diminuiu, mudaram os hábitos de consumo e de ouvir música, mas ainda temos um movimento muito bom. Estamos melhores hoje do que antes, ampliamos nosso público", diz Fausto Mucin, um dos proprietários da Die Hard Records, que também vende bastante pela internet.

O público mudou, é óbvio, mas ainda é suficiente para manter o comércio, como comenta Dionísio Febraio, o Johnny Magrão, da Aqualung. "CDs e DVDs estão virando peças de colecionador, como o vinil, mas ainda tem muita gente que quer colecionar  aumentar a sua coleção."

Esse perfil de consumidor também é o principal na Galeria Nova Barão, na rua "superior", muito frequentada por estrangeiros em busca de raridades em vinil de artistas brasileiros. Apesar de salgados, os preços costumam ser mais atrativos do que no exterior para este público.

"Geralmente o público que vem para esta galeria é mais bem informado, quando não especialista. Já sabe o que quer e identifica logo a raridade que está disposto a levar", afirma Claudio Morais, da Art Rock.

Opções não faltam em São Paulo e em muitas cidades do Brasil para celebrar o Record Store Day. Fuja um pouco dos celulares e das plataformas de streaming para saborear a delícia de curtir a música "física", mesmo que seja apenas por um dia.

 

 

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
Contato: contato@combaterock.com.br

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