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Dee Snider: força inabalável no poder do heavy metal

Combate Rock

18/03/2019 06h59

Nelson Souza Lima – especial para o Combate Rock

Dee Snider (FOTO: DIVULGAÇÃO)

"E ai, cara? Aqui é Dee Snider falando", diz a voz do outro lado da linha. Após mais de uma hora e inúmeras tentativas o icônico vocalista atende a ligação.

Snider tem dado várias entrevistas nos últimos dias, falando de seu mais recente álbum, "For The Love Of Metal", e da nova turnê latino-americana que passa pelo Brasil nos próximos dias 21 de março, em Curitiba e 23, em São Paulo.

Falando direto de Belize, país da América Central e paraíso caribenho onde reside atualmente, o ex-líder do Twisted Sister me atendeu super bem humorado, mostrando o quanto é gente fina. Nem parece que tá numa verdadeira maratona atendendo uma porrada de veículos de imprensa.

 Em alguns momentos esqueci que falava como jornalista e dei umas tietadas no cara. Afinal aquele senhor de agora 64 anos (a entrevista rolou em 14 de março, o cara aniversariou no dia seguinte) é um dos grandes representantes do Heavy Metal.

À frente do Twister Sister, Snider gravou álbuns emblemáticos, sendo "Stay Hungry", de 1984, o mais conhecido e maior sucesso comercial.  Conversamos um pouco de tudo. Dos momentos conturbados como a morte do batera AJ Pero, em 2015, que decretou o encerramento de atividades do Twisted Sister e da dor pela perda da mãe durante as gravações de "For The Love Of Metal".

Em ambos os casos Snider teve que buscar forças para continuar, e que a música trouxe alivio e serviu de consolo, onde simplesmente ia e gritava com toda raiva, contra a frustração e depressão.

Entre as 12 canções de "For The Love Of Metal" pergunto sobre as porradas "Become The Storm" e "Dead Hearts (Love the Enemy), essa última um dueto bacanudo com Alissa White-Gluz, a insana vocalista do Arch Enemy.

A respeito de "Become The Storm" com um refrão que diz "Nós não estamos aqui para sofrer" Dee Snider atesta que a letra é pra fazer as pessoas se sentirem melhor e lutar contra todas as maluquices e doenças que existem no mundo.

Indagado sobre o dueto com Alissa o ex-líder do Twisted Sister alega que quando a ouviu cantando ficou em choque, pois ela tem um vocal masculino e gutural. No entanto a moça mostra em "Dead Hearts (Love the Enemy)" um vocal suave e que foi outra surpresa.  Falando em surpresas ele diz que o set list não deve trazer muitas, além das músicas do disco novo e ds clássicos do Twisted Sister.

Lembrei-o que na apresentação de 2010 no finado Via Funchal, com o Twisted Sister, ele cantou "Long Live Rock and Roll", homenagem a Ronnie James Dio, falecido alguns meses antes. Perguntei se iria cantar "Paint In Black", dos Stones, que ficou uma versão animal. Snider disse que a princípio não está no set. Mas tudo pode acontecer.

 

O vocalista disse que não tem certeza quantas vezes cantou no Brasil, mas é sempre estimulante voltar à América Latina. Snider termina agradecendo e diz que nos vemos na Argentina, para se corrigir em seguida. Tá perdoado, Dee, O Senhor Heavy Metal pode tudo. 
Serviço em São Paulo
Dee Snider – For the Love Of metal
Dia 23 de março – 22 horas
Tom Brasil
Rua Bragança Paulista, 1281 –
Santo Amaro
Classificação: 14 anos
Ingressos: De R$ 180,00
a R$ 350,00

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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