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Mulheres que encantam e que devem ser vistas e ouvidas – parte 2

Combate Rock

08/03/2019 13h00

Marcelo Moreira

Na parte internacional, para homenagear as mulheres neste dia, vamos dar um a atenção a alguns nomes em ascensão dentro do rock e do blues rock, já que as mulheres dominam o mundo pop há algum tempo, indo de Joss Stone a Alissa White-Gluz (Arch Enemy). Ao final do texto, alguns vídeos com amostras dos trabalhos das meninas.

Ana Popovic (FOTO: DIVULGAÇÃO/JACK MOUTAILLIER)

– Ana Popovic – Veterana guitarrista e cantora sérvia, só agora, aos 42 anos, começa a ver o nome constantemente no topo das listas de melhores artistas do blues rock na Europa e nos Estados Unidos, onde mora há alguns anos. "Like in on Top", de 2018, é seu mais recente trabalho e aprofunda a tendência verificada no anterior, "Trilogy", de ir do blues ao funk, do jazz ao rhythm & blues. Como instrumentista, é considerada uma das melhores da atualidade, frequentemente sendo comparada a  Joe Bonamassa.

Erja Lyytinen (FOTO: DIVULGAÇÃO)

– Erja Lyytinen – Com uma trajetória parecida com a de Popovic, a cantora e guitarrista finlandesa Erja Lyytinen, de 42 anos,  é outra moça de mão pesada e muito talento. Menos explosiva do que a sérvia, aposta sempre no blues rock mais pesado, com solos incandescentes e muita força no vocal. "Stolen Hearts" é de 2017, seu último álbum, onde ela teve menos brilho do que nos anteriores por flertar um pouco com a música pop. No entanto, ao vivo "Songs From the Road" é altamente recomendado.

Joanne Shaw Taylor (FOTO: DIVULGAÇÃO)

– Joanne Shaw Taylor – Ela era menina quando começou a se interessar por rock e um dia, na televisão, soube que um guitarrista famoso tinha morrido e gostou das músicas que ouvia em homenagem a ele. Anos depois soube que era Stevie Ray Vaughan e foi "amor à primeira vista". Essa guitarrista inglesa de 32 anos mergulhou fundo no blues e pescou o que de melhor os mestres norte-americanos puderam dar. A parte rock dela arrefeceu um pouco, mas o timbre cristalino ainda está lá, preciso e límpido. Seu mais recente trabalho é "Reckless Heart", que deve ser lançado em breve.

Samantha Fish (FOTO: DIVULGAÇÃO)

– Samantha Fish – O furacãozinho norte-americano devastou o meio-oeste do país quando surgiu fundindo a pegada de Stevie Ray Vaughan, Jimi Hendrix, Eric Gales e Gary Moore. Muito influenciada pela country music, tornou-se a mais importante artista de blues na coesta oeste. Tem somente 30 anos de idade, mas já é veterana, com mais de dez álbuns lançados, os últimos em 2017 – "Chilli Fever" e "Belle of the West". Gosta de solar de fraseados rápidos, é muito elogiada pelos licks e pelos riffs que despeja.

Beth Hart (FOTO: DIVULGAÇÃO/SITE OFICIAL)

– Beth Hart – Veterana cantora de hard rock, entra nesta lista por causa de sua ressurreição artística impressionante nos  anos 2000 por meio do blues. Após algum tempo na reabilitação por conta de alcoolismo, voltou devagar apostando no blues tradicional até encontrar Joe Bonamassa, que a convenceu a se tonar uma diva pop e a apostar na dramaticidade das interpretações de blues e soul music. Em pouco tempo o nome dela explodiu na cena pop americana. Gravou três álbuns ao lado de Bonamassa, mais voltado ao blues, e dois solos, com predominância do pop rock – também é uma das queridinhas de Jeff Beck. Aos 47 anos, está no auge da carreira.

– Beth Blade – Nome em ascensão do hard rock inglês, Beth Blade and Beautiful Disasters ganhou notoriedade no ano passado ao tocar no cruzeiro norte-americano do Kiss. Em alto mar, a guitarrista e vocalista galesa fizeram bonito a bordo com as músicas do álbum "Bad Habit", de 2017. Seu som é pesado e ela bebe muito no hard inglês e irlandês dos anos setenta – muitos ecos de Thin Lizzy, Gary Moore e Rory Gallagher. Seu mais recente álbum é "Show Me Your Teeth".

– Jessie Lee – Ao lado da banda The Alchemists, a guitarrista francesa Jessie Lee transita com desenvoltura entre o pop rock e o hard rock. Nãom é uma virtuose do instrumento, mas mostra segurança e boas canções. Se adicionar mais peso ao som poderá trilhar caminhos mais interessantes.

– Jamie Lynn Vessels – Mais uma guitarrista de ótima qualidade. Vessels criou sua banda em Nova Orleans, na Louisiana (EUA) e carrega nas costas uma gama de influências que transforma seu som em uma das grandes coisas do blues rock da atualidade. Tem jazz, tem muito blues e música cajun em algumas passagens, mas o som é pesado, cheio, denso. É uma guitarra gostosa de ouvir.

Laura Cox (FOTO: DIVULGAÇÃO)

– Laura Cox – Uma das melhores guitarristas de sua geração na Europa, a francesa Laura Cox começou a se destacar bem novinha, em 2008, ao postar no Youtube suas performances no quarto e na vila. Foi somente em 2017, depois de ralar muito com a sua Laura Cox Band, que lançou o primeiro álbum, o aclamado "Hard Blues Shot". Também boa cantora, aposta em um classic rock meio datado com muito tempero de blues, ora soando como Whitesnake antigo, ora como um Black Crowes menos sujo e bêbado.

Ally Venable (FOTO: DIVULGAÇÃO)

– Ally Venable – É a mais jovem da turma escolhida pelo Combate Rock. Ela completará em breve 20 anos de idade, mas é outro furacãozinho com o guitarra, além de cantar muito bem. Ao escolher o formato de trio, lembra um pouco o começo da carreira de Samantha Fish. Tem pegada forte, mas gosta também de dedilhar um blues lento, denso e pegajoso. Seu trabalho mais recente  é "Puppet Show", do ano passado.

– Jennifer Lyn – A fenomenal Jennifer Lyn toca com seu grupo, The Groove Revival. Assim como Beth Hart, está no auge da carreira. Começando no blues tradicional, foi lentamente se aproximando do blues rock até se tornar referência para nomes como Samantha Fish e Ally Venable. Seu mais recente trabalho, "Badlands", é de 2018.

 

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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