Mulheres que encantam e que devem ser vistas e ouvidas - parte 1
Marcelo Moreira
A mania de inventar o dia disso e o dia daquilo produz coisas incongruentes, como o Dia das Mães, dia dos Namorados, dia do Jornalista, Dia do Acendedor de Lampião a Gás e por aí vai. Faz sentido para alguns, nenhum para outros. Como o Dia Internacional da Mulher tem um simbolismo importante, aproveitamos a oportunidade para ressaltar o trabalho de algumas roqueiras no Brasil que lutam incessantemente para colocar a música em destaque:
– Nervosa – o trio paulistano de thrash metal formado por Fernanda Lira (baixo e vocal), Prika Amaral (guitarra) e Luana Dameto (bateria) é uma das cinco bandas brasileiras mais importantes no cenário internacional, ao lado de Krisiun e Angra, por exemplo. Com turnês na Europa e na América do Norte no currículo, mostram extrema qualidade em seus três álbuns jpá lançados.
– Sinaya – outra banda feminina com potencial para seguir os passos da Nervosa, mesmo com a saída recente da ótima guitarrista Renata Petrelli. Também faz um thrash metal poderoso, barulhento, desgracento, impossível de não ser notado. Grande surpresa da música extrema dos últimos anos.
– Melyra – quinteto feminino carioca que demorou para engatar uma sequência artística no rock pesado, mas que segue firme para se juntar a Nervosa e Sinaya mostrando que as meninas não estão para brincadeira. O som delas é uma porrada.
– Torture Squad – desde que Mayara Puertas assumiu os vocais do Torture Squad, esta banda paulistana voltou a ter grande destaque dentro do metal nacional trazendo novos elementos a sua música extrema. Com um desempenho avassalador, a moça ampliou as grandes possibilidades que o grupo sempre demonstrou.
– Pitty – a roqueira baiana chega aos 40 anos como referência dentro do pop rock brasileiro. Maior nome feminino dentro deste segmento, conseguiu amansar um pouco a fúria do antigo som pesado dos anos 90 e 2000, mas nunca deixou de incomodar com suas letras diferentes e reflexivas.
– Threesome – banda paulista de hard rock que aborda temas picantes e, muitas vezes, de viés sexual, em suas letras. No entanto, é na voz de Juh Leidl que estão os maiores méritos do grupo. Artista plástica renomada e reconhecida, tem uma voz forte e faz de sua interpretação um trunfo importante para mostrar que a banda merece ser ouvida.
– Vox Ígnea – outra boa banda paulista de hard rock, desta vez cantando em português. Raquel Lopes, a vocalista, nem tem uma voz tão potente, mas compensa com muita intensidade na interpretação e pela boa noção de melodia. A banda por enquanto tem apenas um EP lançado.
– FlowerLeaf – banda poderosa que mistura rock sinfônico com metal progressivo, tem na voz de Vivs Takahashi um dos principais méritos. suas interpretações são notáveis, especialmente no mais recente trabalho da banda.
– Shadowside – Dani Nolden ainda é bem novinha, mas é veterana da cena metal do Brasil. ela sua banda já rodaram os Estados Unidos e a Europa, com excelentes resultados. Não tem o treinamento lírico de Vivs Takahashi, mas conquistou um espaço importante no cenário, tanto que ainda hoje é considerada a melhor cantora do heavy metal nacional.
– Bendicta – mais rock pesado em português, desta vez na voz de Angelica Sberse, moça de voz rouca e potente. Espontânea e imquieta, é uma ótima front woman, que agita bastante.
– Blixten – Kelly Hipólito tem uma voz mais rasgada e lembra bastante cantoras com um timbre parecido com o de Leather Leone (ex-Chastain). A banda tem apenas um EP na praça, mas faz heavy tradicional vigoroso e interessante.
– Fábrica de Animais – banda que é uma das preferidas da turma do Combate Rock, faz rocn'n'roll vigoroso puxado para o blues, com um tempero mágico da atriz e produtora teatral Fernanda D'Umbra, que incorpora de forma estupenda os personagens das histórias urbanas que compõem o repertório da banda.
– Vandroya – Outra boa banda paulista de power-heavy metal tradicional. sua vocalista, Daísa Munhoz, é um a das vozes do projeto Soulspell e também uma das mais requisitadas para participações especiais em CDs e shows de outras bandas.
– Ignispace – banda novata de São Paulo que faz heavy tradicional na linha de Iron Maiden e bandas britânicas dos anos 80. A voz de Larissa Zambon é potente e melódica, com bom alcance de notas altas e versatilidade na busca de timbres mais pesados.
– Bia Marchese – É a voz feminina do blues de maior destaque no Brasil desde o lançamento do álbum "Let Me In", há dois anos. De voz marcante e versátil, é capaz de ir do jazz mais tradicional à mais agitada e pesada soul music, passando pelo blues encarnado e envolvente.
– Gabi Gonzalez – é quase impossível rotular o som que a guitarrista paulista faz. Passeia com desenvoltura no jazz, no rock, no blues e na MPB, sempre ladeada pela banda Com Elas, que nomeia também o seu mais recente CD.
– Hard Blues Trio – Blues rock gaúcho de ótima qualidade, tem uma sonoridade muito parecida com a da banda americana Trample Under Foot, que está parada desde 2015. O destaque é a baixista e vocalista Dani Ela, uma instrumentista versátil e uma cantora espetacular, com voz rouca e curtida na estrada.
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