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Pussy Riot toca no Brasil em abril

Combate Rock

08/02/2019 06h59

Marcelo Moreira

Quem ouve o nome Pussy Riot logo pensa em um coletivo feminista que costuma arrumar confusão em protestos pela Europa, notadamente na Rússia e na Ucrânia.

Isso é só uma parte da verdade, já que também é um nome de uma importante banda punk/hardcore formada por mulheres surgida em Moscou, capital russa.

A formação às vezes é mutante, já que eventualmente as meninas são presas nos protestos, sendo condenadas com uma celeridade impressionante pela Justiça do país do autocrata Vladimir Putin, o presidente onipotente e onipresente do país.

A fúria feminista poderá ser conferida no Brasil em breve no festival Garotas à Frente, no dia 20 de abril, em São Paulo.

Em fevereiro de 2012, cinco mulheres entraram com instrumentos e amplificadores na Catedral de Cristo Salvador, centro de Moscou, e fizeram uma oração punk, com a música "Virgem Maria, Tire o Putin do Poder".

Elas tocaram e cantaram por exatos 48 segundos, antes de serem arrastadas para fora e mandadas embora. Na mesma noite, subiram o vídeo da performance no Youtube, sob o nome Pussy Riot, e em poucas horas se tornaram inimigas número 1 da Igreja e do Estado.

Foram presas, julgadas e condenadas a dois anos de prisão por baderna e incitação ao ódio religioso. Mas também chamaram a atenção da mídia mundial, sendo alçadas ao status de maior grupo de arte performática da Rússia.

O festival Garotas à Frente, que conta também com apresentações de bandas nacionais, como a Sapataria, terá exposição de artes e workshops do Girls Rock Camp Brasil.

Na ocasião também será lançado o livro "Garotas à Frente", de Sarah Marcus, que conta a história do movimento Riot Grrrl nos Estados Unidos.

As Pussy Riot que foram presas em 2012 e soltas em 2014 não têm o hábito de se apresentarem juntas. Nessa turnê sul-americana, quem vem é Nadya Tolokonnikova, ao lado de outros membros do coletivo.

Segundo Nadya, o show conta com performances audiovisuais novas dedicadas a temas políticos, como a não quebra de patentes pela indústria farmacêutica e outros mundanos, como caspa.

"Nossa ideia é tentar imaginar como o punk irá soar e parecer em 2028, tempos de resistência digital, levante contra a disparidade financeira e movimentos de massa para salvar o planeta", diz a ativista.

SERVIÇO

Evento: https://www.facebook.com/events/285488125446518/
Data: 20 de abril de 2019
Horário: a partir das 16 horas
Local: Fabrique Club
Endereço, Rua Barra Funda, 1071 (Barra Funda – SP)
Ingressos online: R$ 80,00 (1º lote – promocional e estudante), R$ 100,00 (2º lote – promocional e estudante)
https://pixelticket.com.br/eventos/3119/festival-garotas-a-frente-pussy-riot
Censura: 12 anos

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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