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Rápido panorama do metal nacional - 16

Combate Rock

04/11/2018 06h30

– The Evil – Se faltou originalidade para o nome da banda, sobram versatilidade e boas ideias neste álbum autointitulado. Ok, a questão dos pseudônimos e do "segredo" em relação á identidade dos integrantes não colam mais – até o Ghost abandonou a prática -, mas a música, que é o que interessa, é bem legal. Stoner metal ou doom metal? O grupo passeia com desenvoltura pelos dois subgêneros, com um timbre de guitarras bem legal e uma remissão quase que direta ao Candelmass. Os destaques são "About None Guilty" e "Screams".

– Heretic – "The Errorism" é para quem procura um som extremo um pouco diferente. Eis um death metal derivado para o folk e com um instrumental variado e bem trabalhado, com a presença de instrumentos pouco usuais, como cítara e flauta. Não prima pela originalidade, mas valoriza alguns timbres de guitarra e o peso. CD duplo, "The Errorism" tem como destaque a forte e pesada "Mirage".

 

 

– Toxic Revolution – "End of the World" – Essa banda do Paraná segue a linha de tantas outras que optam pelo thrash metal neste século: músicas retas e diretas, com guitarras velozes e pesadas. O som é visceral, com os dois pés na velha escola oitentista. Falta originalidade? Sim, mas sobra entusiasmo e energia para quebrar quase tudo em faixas como "Don't Ask Just Do" e "Predominance of Hate".

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– Black Witch – "Solve Et Coagula" – Ecos de Avatarium e The Oath surgem aqui, e até mesmo Death Penalty. É doom metal, mas que volta e meia descamba para um heavy metal tradicional. Por ser um som bastante característico, a produção adquire muita importância. Para essa banda de Mossoró (RN), liderada pela cantora Lorena Rocha, o som ficou abafado além da conta, ainda que as guitarras estivessem um pouco mais altas que os outros instrumentos. Assim como em outros casos, o som e as letras têm ligação direta com bandas ocultistas do passado que primavam pelo chamado "hard setentista", climático e soturno. É uma banda que merece atenção pela ousadia e pelas boas ideias instrumentais. Tem potencial para evoluir.

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
Contato: contato@combaterock.com.br

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