Músicos de heavy metal divulgam manifesto antifascista
Marcelo Moreira
Pode ter demorado, mas o manifesto de roqueiros contra o fascismo finalmente surgiu. Estimuladas pelo blog Rock Dissidente, várias bandas de rock pesado e de punk rock se manifestaram contra a ameaça à democracia que representa a candidatura e a eventual eleição do candidato a presidente Jair Bolsonaro.
O posicionamento destes artistas, assim o de muitos atores de TV e cinema, músicos de MPB e rap e artistas plásticos, bem como o de escritores e jornalistas, é importante no combate ao autoritarismo, à disseminação do ódio, ao estímulo da violência contra as minorias, contra a perda de direitos e às ameaças às liberdades – individuais, de expressão, de opinião e de imprensa.
Não se trata apenas de uma questão de escolha entre um candidato de esquerda ou de direita, como ocorreu em eleições passadas. A questão agora é muito mais grave, já que envolve ameaças concretas à democracia.
CLIQUE AQUI PARA LER O MANIFESTO DOS MÚSICOS DE ROCK PESADO CONTRA O FASCISMO.
O Combate Rock sempre se posicionou politicamente, geralmente de forma crítica aos governantes de ocasião, só que, na maioria das vezes, defendendo pautas progressivas e identificadas com os direitos humanos, com a garantia de direitos de individuais e de todas as liberdades. Mais do que isso, sempre lutando para que houvesse mais solidariedade, fraternidade e respeito entre as pessoas.
Nada disso está contemplado no projeto autoritário de governo de Jair Bolsonaro. Sua eleição será um retrocesso tremendo em todos os sentidos para o nosso país.
Os constantes ataques a negros, homossexuais, jornalistas, artistas e a qualquer que seja contra esse candidato de extrema-direita só confirmam o perigo que corremos quando os autoritários foram eleitos.
]Sua vitória, na cabeça de acéfalos e estúpidos que o apoiam, será um salvo conduto para que a violência contra opositores, adversários e indesejáveis exploda em todos os níveis.
Por conta desse perigo é que o Combate Rock se engajou politicamente de tal forma como nunca antes o havia feito em oito anos de existência desse projeto.
Paulo Roberto Pires, na revista "Época", foi muito feliz ao tratar do assunto:
"Dizer não a Jair Bolsonaro e ao que ele representa nada tem a ver com declaração de voto. O que está em jogo não é esse ou aquele partido ou a suposta independência do intelectual adversativo — que se tem em altíssima conta —, mas a premência de combater uma candidatura que já questiona a lisura das eleições, dá protagonismo político a militares e cogita abertamente o autogolpe como solução para crises. O que oferece como programa de governo é, na prática, um pacote rombudo de autoritarismo, violência institucional, homofobia, racismo e golpismo explícito."
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