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O experimentalismo do Stick Men retorna ao Brasil em agosto

Combate Rock

13/08/2018 06h41

Marcelo Moreira

Quando o King Crimson anunciou o seu primeiro retorno, em 1980, incorporou à formação um careca bigodudo muito alto que deveria tocar baixo. Só que, na maioria das apresentações, o que ele empunhava era uma coisa eletrônica esquisita chamada stick, que fazia às vezes de guitarra e baixo, mas era tocado de forma percussiva.

Foi o norte-americano Tony Levin quem apresentou o instrumento desconhecido do grande público para boa parte dos amantes do rock. A coisa deu tão certo que até hoje é difícil dissociar a imagem dele e do instrumento – ele continua tocando na banda solo de Peter Gabriel e no King Crimson, em sua nova (nem tão nova assim) versão.

O sucesso do uso do instrumento foi tão grande que Levin criou um projeto solo para substituir a sua Tony Levin Band. Surgia então, em meados dos anos 2000, o Stick Men.

O trio liderado por Levin (baixo e stick) vem ao Brasil pela segunda vez e tocará em São Paulo e no Rio de Janeiro no fim de agosto.

Acompanham-no o baterista e percussionista Pat Mastelotto, que foi companheiro de Levin em algumas formações do King Crimson, e Markus Reuter, que se encarrega de stick, baixo e, eventualmente, guitarra. Ele substitui Michael Bernier, o stick man que esteve no Brasil em 2012 com a banda.

O grupo terá a companhia do violinista David Cross, outro músico com passagem pelo King Crimson e que recentemente esteve no Brasil para gravar um CD ao vivo com a banda Dialeto.

O stick foi criado pelo luthier norte-americano Emmett Chapman no início dos anos 1970. Chapman Stick, ou simplesmente stick, segundo a definição dos manuais, é um instrumento musical elétrico que, de forma simplificada, é uma mescla de baixo e guitarra

Assistir a um show do Stick Men é um programa inusitado. O espectador precisa estar disposto a encarar música instrumental experimental ainda mais ousada do que a do maravilhoso King Crimson. Não é uma tarefa fácil, embora seja fascinante para os iniciados. A estranheza domina os primeiros momentos em que o stick dá as caras, mas é só no começo.

Mesmo com o currículo extenso, Tony Levin não para e encontra tempo para participar dos mais variados projetos, do jazz ao heavy metal.

Na carreira solo, o Stick Men é a sua prioridade e o seu filho dileto, mas ele hoje é mais conhecido entre as novas gerações de roqueiros por conta de sua participação em dois projetos extraordinários de metal progressivo.

Ao lado do tecladista Jordan Rudess, do baterista Mike Portnoy do guitarrista John Petrucci – três quintos do soberbo Dream Theater -, Levin integrou o maravilhoso Liquid Tension Experiment, que resultou em dois discos: "Liquid Tension Experiment" e "Liquid Tension Experiment 2", gravados em 1998 e 1999, respectivamente, além de um box chamado "Live in Los Angeles". Portnoy hoje não integra mais o Dream Theater e toca no The Winery Dogs e no Sons of Apollo.

O outro projeto celebrado é o Bozzio Levin Stevens, também conhecido como Black Light Syndrome (nome do primeiro álbum do trio). Terry Bozzio é um baterista norte-americano que tocou só com Frank Zappa e Jeff Beck – portanto dispensa apresentações.

Já Steve Stevens é um renomado guitarrista e produtor ligado ao hard rock, tendo tocado com muita gente importante, sendo mais conhecido por ser a alma da carreira solo de Billy Idol.

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Show 22:00 horas

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2º Lote – Pista – Meia-entrada – R$ 150,00
2º Lote – Pista – Promocional – R$ 150,000
2º Lote – Pista – Inteira – R$ 300,000
1º Lote – Camarote – Meia-entrada – R$ 190,000
1º Lote – Camarote – Promocional – R$ 190,00
1º Lote – Camarote – Inteira – R$ 380,00

Mais informações: http://www.clubedoingresso.com/stickmen-sp

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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