Statik Majik, uma das grande bandas do Rio, anuncia o seu retorno
Marcelo Moreira
A perda do Matanza, que anunciou o seu fim recentemente, foi sentida, mas o Rio de Janeiro está tentando, em parte, compensar a notícia ruim. Os cariocas da Statik Majik anunciaram seu retorno após um hiato de três anos de sua atividade.
O grupo conta agora com uma nova formação, além do baterista Luis Carlos e fundador do grupo, Artur Círio e Alexandre Pontes são os novos integrantes.
Luís Carlos é um dos nomes mais importantes do underground roqueiro do Rio. Além de jornalista e baterista, é também um competente produtor cultural, responsável pela organização de diversos eventos, como minifestivais e turnês de bandas nacionais e internacionais.
O Statik Majik era uma banda diferente dentro do rock nacional – e talvez, por isso, demorou para ter uma aceitação maior. Fazia stoner metal quando esse gênero ainda era maldito até mesmo no exterior. Seus CDs hoje são considerados cult e vendidos a preços altos em sebos pelo país.
Sobre a nova formação, Luís Carlos afirma que a intenção foi a de recomeçar com integrantes que estivessem alinhados com a proposta atual do grupo. "Ambos são velhos conhecidos de outras bandas, inclusive, Artur tocou no primeiro CD lançado pelo grupo, 'Stoned on Music', só que na época acabou não permanecendo nos shows de divulgação."
O grupo pretende compor novas músicas e quem sabe gravar um single ou um EP ainda nesse ano. Sobre shows, a banda optou por não fazer e priorizar material novo.
"Já fomos sondados sobre essa possibilidade, mas nossa intenção no momento não é a de tocar ao vivo. Nunca diga nunca, mas as chances são poucas por uma decisão conjunta de que hoje poucos shows valem a pena ser feitos dada as condições oferecidas para que isso aconteça", diz o baterista.
Antenado e bem informado, o músico diz que agora se sente confortável em retornar ao cenário artístico, do qual sempre foi muito crítico – anos atrás, em entrevista ao programa de web rádio Combate Rock, não aliviou em relação aos problemas de mercado no Brasil e à falta de público em shows de bandas nacionais.
"Foram 13 anos batalhando para que a Statik Majik conquistasse seu espaço, e acho que conseguimos, mas em 2015 tomei a decisão certa ao encerrar suas atividades pelo momento que ela vivia", comentou Luís Carlos. "Durante todo esse tempo a banda foi lembrada, e nesse meio tempo pude fazer outras coisas como tocar em outro projeto, produzir eventos e exercer jornalismo no meu Blog, e senti que agora era o momento certo para voltar. Tudo isso com uma nova mentalidade, perspectivas e possibilidades."
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