Jethro Tull, 50 anos: quando o blues encontrou o rock progressivo
Marcelo Moreira
O Jethro Tull não existe mais, mas o seu ex-líder, o vocalista e flautista Ian Anderson, continua fazendo questão de manter o nome da banda em alta, mesmo em um período em que decidiu fazer shows solo.
Às vésperas de comemorar 70 anos de idade e 50 de criação do Jethro Tull, o músico concedeu uma entrevista à revista inglesa Prog e ao site Teamrock.com sobre a sua carreira e a trajetória da banda.
Bem humorado e com uma memória afiada, ele desfilou detalhes sobre quase todos os álbuns de estúdio gravados pela banda desde 1968 e revelou alguns detalhes sobre as capas e suas ideias sobre sua confecção.
Um dos maiores nomes do rock progressivo mundial, o Jethro Tull começou como uma banda de blues graças às canções de inspiração folk de Ian Anderson e à pegada mais minimalista do guitarrista Mick Abrahams.
O guitarrista durou pouco na banda e foi substituído por um bigodudo alto de Birmingham, que tinha a admiração de Anderson: Tony Iommi, da banda Earth.
O blues tinha chamado a atenção de Iommi, mas sua parceria com a banda não durou nem um mês: em janeiro de 1969, anunciou que estava voltando para sua cidade e para os amigos do Earth, que no final daquele ano mudaria o nome para Black Sabbath.
Foi a melhor coisa que aconteceu para ambas as bandas, pois o Black Sabbath se tornou um monstro e o Jethro Tull também, impulsionado pela guitarra blues de Martin Barre, que foi o suporte de Anderson por quase 40 anos na banda.
A origem jazzística de Barre foi preponderante para que o som progressivo do Jethro Tull se distinguisse das bandas das bandas inglesas da época.
O site Rádio Banger decidiu traduzir a reportagem da revista Prog e a disponibilizou, quase na íntegra, em um texto intitulado "Cada álbum do Jethro Tull nas palavras de Ian Anderson".
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