Os novos (e nem tão novos) magos da guitarra - parte 7
Marcelo Moreira
– Robben Ford – Talento nato e de uma versatilidade extrema, transita entre o blues e o jazz com uma facilidade que assusta. Veterano músico que adora tocar no Brasil, tem uma sólida carreira solo e também com os irmãos. Sua trajetória foi tão impressionante que chamou a atenção de gente como Miles Davis e George Harrison, com quem colaborou. Tive dúvidas se incluiria Ford neste compêndio, já que é um músico bastante conhecido. No entanto, ultimamente tenho percebido que mesmo gente que adora música e é bem informada tem dificuldades em saber quem é Robben Ford. Sendo assim, a inclusão é necessária. Além de músico extraordinário, ele é um dos professores de música mais premiados e requisitados dos Estados Unidos.
Obras de referência: "Talk to Your Daughter" (1988), "Blues Connotation" (1996) e "Truth" (2007)
– Mike Onesko – Nome forte da guitarra blues dos anos 90, foi o líder da excelente Blindside Blues Band, que causou alvoroço quando surgiu na Califórnia. Influenciado pelo heróis do rock pesado setentista, absorveu tudo o que pôde de Jimi Hendrix, Ritchie Blackmore, Rory Gallagher e Robin Trower, com um estilo vigoroso e fraseados rápidos e cortantes. A Blindside Blues Band deu uma parada em 2010 para dar lugar ao Mike Onesko's Guitar Army, que inaugurou a sua carreira solo. O sessentão endiabrado virou referência no atual blues rock norte-americano.
Obras de referência: "Blindside Blues Band " (1993), "Smokehouse Session" (2009) e "Generator" (2012)
– Craig Erickson – Outro veterano do blues rock norte-americano, ficou conhecido pelas performances extraordinárias ao lado de gente importante, como Glenn Hughes (participou do ótimo "Blues", o primeiro de Hughes após um período na reabilitação por conta do alcoolismo) e Richie Sambora. Entretanto, sua trajetória é bem mais antiga, com boas performances ao lado de Koko Taylor, Elvin Bishop e Lonnie Brooks, entre outros. Tão endiabrado quanto Onesko, tem uma pegada mais blueseira.
Obras de referência: "Two sides of the Blues" (1995), "Castle Blues" (2007) e "Ghost Town" (2016)
– Mike Zito – Guitarrista, cantor, compositor e um ótimo produtor musical, Zito foi o fundador do Royal Southern Brotherhood, excelente grupo de blues que incorpora elementos de rock e country, quase chegando a rivalizar com o Blues Traveler. Incansável na busca por timbres novos e pesquisador musical, tornou-se uma referência para o blues californiano e também para os novatos que encaravam o country em Nashville. Seu estilo de tocar foi muito comparado ao de Jimmy Vaughan – econômico, preciso e com um timbre único. Deixou o Royal Southern Brotherhood em 2014 para focar na carreira solo.
Obras de referência: "Today" (2008) e "Go to Texas" (2013″ e "Heartsoulbound" (2014, com Royal Southern Brotherhood)
– Galen Weston – Nome em ascensão do jazz canadense, o inquieto Weston sempre se interessou pelo blues e foi neste gênero que começou a construir seu nome nos botecos de Toronto. Reconhecido com um dos talentos do instrumento, montou uma banda e simplesmente detonou em todos os festivais possíveis, logo sendo comparado aos extraordinários Eric Johnson e Steve Vai. "Plugged In" e "Chicago Nights" são os seus principais trabalhos, onde consegue aliar a precisão do jazz e o feeling do blues, ganhando elogios de várias revistas norte-americanas.
Obras de referência: "Plugged In" e "Chicago Nights"
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