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Sem Glenn Tipton, Judas Priest perde sua característica mais marcante

Combate Rock

13/02/2018 07h00

Marcelo Moreira

Glenn Tipton (FOTO: DIVULGAÇÃO)

A sequência de más notícias não para. Enquanto o AC/DC está em compasso de espera para que Angus Yong decida se haverá novo álbum e turnê, tendo Axl Rose como vocalista, outro gigante anuncia que temos complicados estão por vir.

O Judas Priest anunciou nas redes sociais que Glenn Tipton, o guitarrista solo e líder do grupo, há anos luta contra o Mal de Parkinson, um doença degenerativa que limita os movimentos do corpo.

A banda lança em breve o seu novo álbum, "Firepower", onde Titpon teve a participação fundamental e habitual de sempre, mas o comunicado adianta que o guitarrista certamente terá problemas para tocar certas canções do vasto repertório de quase 50 anos do Judas.

Depois da saída de K. K. Downing, o guitarrista base, há três anos, está é a notícia mais complicada envolvendo uma grande banda de heavy metal da história – nem colocamos a morte de Malcolm Young aqui porque ele já estava afastado do AC/DC quando morreu.

Segundo a imprensa inglesa, a doença de Tipton não era necessariamente um grande segredo, mas a banda se manteve discreta a respeito.

No entanto, ficou claro que o estado do guitarrista, de 70 anos, se agravou nos últimos 12 meses, fazendo com que ele mesmo tomasse a decisão de não participar da turnê do novo disco.

O substituto temporário será o guitarrista e produtor inglês Andy Sneap, muito conhecido por ser o colaborador nos estúdio e na produção d diversas bandas importantes dos ano 90 e 2000.

Provavelmente assumirá as partes de Tipton, enquanto Richie Faulkner, que substituiu Downing, ficará com a base, como tem sido ultimamente.

Ainda há dúvidas se o Judas Priest continuará na ativa após a turnê "Firepower", já que o comunicado da banda é evasivo a esse respeito. O texto deixa em aberto a possibilidade de Tipton trabalhar em estúdio com a banda em ao menos mais um álbum.

Quando entrou para o Judas, em 1974, Tipton estabeleceu, ao lado do fundador Downing, um padrão elevado do que se convencionou chamar de "guitarras gêmeas", algo que já tinha sido feito pela também banda inglesa de rock progressivo Wishbone Ash.

Embora com evidentes diferenças e peculiaridades, a dupla serviu de modelo, até certo ponto, para outros gigantes do metal, como Iron Maiden e Saxon, colocando tal padrão de forma definitiva para parte expressiva dos artistas da chamada NWBOHM (New Wave of British Heavy Metal).

 

 

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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