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Edu Falaschi traz o alemão Kai Hansen para show memorável em São Paulo

Combate Rock

20/01/2018 06h24

Marcelo Moreira

A força do nome Angra move montanhas em época de crise. A banda está para lançar o seu aguardado novo álbum e fez um show recente com vários convidados e em casa cheia. Por que o Angra consegue atrair enorme público em um momento em que casas de shows fecham e bandas das mais variadas continuam a reclamar da falta de público?

O cantor Edu Falaschi vai testar novamente o poder do nome de sua ex-banda em um evento que promete ser o mais importante do rock brasileiro em São Paulo no mês de janeiro.

O músico engatou uma turnê muito bem-sucedida com o tecladista Fábio Laguna e o baterista Aquiles Priester, este seu antigo companheiro no Angra.

A turnê Rebirth of Shadows Tour rodou por várias cidades do Brasil neste ano celebrando as músicas dos álbuns gravados por Falaschi e Priester. Os resultados foram muito bons, com shows abarrotados.

O encerramento da turnê tem ares de "grand finale", com uma apresentação em São Paulo no dia 21 de janeiro com convidados especiais, um deles internacional.

Kai Hansen, guitarrista e vocalista do Gamma Ray e que esteve recentemente em São Paulo com o Helloween reunido – com a presença também do vocalista Michael Kiske -, é o principal nome do evento que encerrará um período extraordinário na vida artística de Falaschi.

Qual é o poder do Angra em plena crise? "Como é difícil responder essa pergunta. O legado é evidente, com álbuns marcantes e uma performance altíssima em todos os sentidos. O Angra fez e faz parte da vida de muita gente, teve um trabalho diferenciado e de qualidade. É fantástico ter esse reconhecimento por parte do público", diz o cantor.

Assim como no último show paulista do Angra, com grande quantidade de espectadores mais jovens, Falaschi se empolga ao verificar que a molecada esteve em peso nas suas apresentações pelo país.

"É muito legal ver garotos de 15, 18 anos na plateia acompanhando irmãos mais velhos, primos ou pais e curtindo tanto quanto eles músicas que foram compostas nos anos 2000. Os discos 'Rebirth' e 'Temple of Shadows' não só mantiveram o nível do trabalho do Angra como deram outro impulso à banda e o impacto em garotos que nasceram nos anos dos lançamentos mostram a importância das obras", destaca Falaschi.

Além da participação de Kai Hansen, o show também contará com a presença especial da baixista Tonka Raven, da banda Ravenclaw, da Eslováquia, além dos vocalistas e amigos Alirio Netto, Bruno Sutter e Thiago Bianchi (Noturnall), além do irmão, o vocalista e multi-instrumentista Tito Falaschi, e do tecladista Junior Carelli (Noturnall).

Neste show especial em São Paulo, o artista interpretará músicas do Angra dos álbuns "Rebirth", "Hunters & Prey", "Temple of Shadows", "Aurora Consurgens" e "Aqua", mas com o diferencial de inclusão de músicas ainda não executadas nessa turnê, tais como "The Shadow Hunter", "Eyes of Christ", "Ego Painted Grey" e "Unholy Wars".

Edu Falaschi e Kai Hansen se reencontrarão em janeiro (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Esforço e resultado

É mais do que evidente que o nome Angra atrai atenções, e mais ainda quando o seu segundo vocalista resolve fazer uma turnê solo cantando alguns dos sucessos dos anos 2000.

Entretanto, só isso não explica a correria pelos ingressos da turnê com Priester e Laguna – se assim fosse, a banda de Ricardo Confessori (ex-baterista do Angra) teria obtido o mesmo resultado, o que não ocorreu.

A bem-sucedida turnê é resultado de pelo menos três anos de trabalho árduo e intenso por parte de Falaschi, que colocou seu nome no mercado, seja solo ou com o Almah, como um "ativo bastante confiável", como se costuma dizer no mercado financeiro.

O cantor esteve com regularidade na estrada e foi muito feliz ao conseguir se estabelecer como um requisitado produtor de bandas de heavy metal, como no caso da banda Age of Artemis, da qual participou o amigo Alirio Netto.

Além disso, também apoiando-se em material do Angra, surpreendeu ao lançar um álbum solo com músicas de sua época, mas com um tratamento diferente e inusitado – acústico e com influência da música erudita.

O trabalho, muito elogiado, chamou-se "Moonlight" e foi lançado em 2016. Logo em seguida viria "E.V.O.", álbum frenético e forte do Almah, cada vez mais mergulhado no prog metal e provavelmente o melhor da carreira da banda.

"Depois do problemas por que passei entre 2011 e 2012, não pensei duas vezes: tinha de trabalhar bastante para recomeçar a carreira e aprender muito em menos tempo. Muita, mas muita coisa deu certo desde então e, por isso, considero que o show de 21 de janeiro será uma grande celebração. Se eu mereço isso? Direciono a questão para os fãs: são eles que merecem, por me ajudarem a chegar até aqui", afirma Falaschi.

O cantor faz questão de exaltar a participação do empresário e produtor cultural Eric de Haas, uma das figuras mais influentes do rock internacional. Holandês radicado há quase 30 anos no Brasil, ajudou muito a viabilizar a vinda de Kai Hansen. "Kai é um amigo antigo, sempre mantivemos contato e já tocamos juntos, será um reencontro fascinante."

Além de Priester e Laguna, tocam na banda também o guitarrista Diogo Mafra e o baixista Raphael Dafras, companheiros de Falaschi no Almah, e o guitarrista sensação da atualidade, Roberto Barros.

A grande celebração do Carioca Club, no dia 21 de janeiro, será o fim de uma maratona de 23 shows por todo o país em apenas 40 dias, em um esquema só visto com frequência na Europa. Por aqui, dentro do rock pesado, somente Sepultura e Angra são capazes de conseguir agenda tão cheia e frenética.

"Claro que é excitante ser capaz de fechar uma agenda tão maravilhosa, mas tento não fazer grandes projeções e conjeturas. A situação não tá fácil, longe disso, mas creio que o desempenho dessa minha turnê com Aquiles e Fábio mostra que é possível batalhar para fazer dar certo e que há espaço para o rock que não seja mainstream. O que não dá é parar de trabalhar e de se esforçar muito", finaliza Falaschi.

SERVIÇO SÃO PAULO

Banda convidada de Abertura: Acid Tree
Data: 21 de janeiro de 2018 (domingo)
Local: Carioca Club – http://web.cariocaclub.com.br/
End: Rua Cardeal Arcoverde, 2899, Pinheiros – São Paulo – SP
Abertura da casa: 18:00 horas
Show as 20:00 horas
Infoline: 11 3813-4524 / 3813-8598 / Whats 11-98909-7378
Classificação etária: 16 anos.
Estacionamento: locais próximos sem convênio
Estrutura: ar-condicionado, acesso para deficientes, área para fumantes e enfermaria

SETORES/VALORES
– 1º Lote – Pista – Meia-entrada: R$ 60,00
– 1º Lote – Pista – Promocional (doe 1 Kg de alimento não perecível): R$ 60,00
– 1º Lote – Pista – Inteira: R$ 120,00
– 1º Lote – Camarote – Meia-entrada: R$ 120,00
– 1º Lote – Camarote – Promocional (doe 1 Kg de alimento não perecível): R$ 120,00
– 1º Lote – Camarote – Inteira: R$ 240,00

*O ingresso promocional antecipado é válido mediante a entrega de 1 kg de alimento não-perecível na entrada do evento.

# PONTO DE VENDA (sem taxa de conveniência): Carioca Club / Rua Cardeal Arcoverde, 2899, Pinheiros – São Paulo – SP

# COMPRA PELA INTERNET – http://www.clubedoingresso.com/edufalaschirebirthofshadowstour

Formas de Pagamento: dinheiro, cartões de crédito e débito Visa, MasterCard, American Express e Diners Club

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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