SIM - Semana Internacional de Música traz cenário otimista para a música
Semana passada, entre os dia 6 e 10, São Paulo abrigou a quinta edição da SIM São Paulo – Semana Internacional de Música. A convenção, que reúne gente de diversos setores da indústria, serve – além para a geração de novos negócios, para tomar a medida de como anda o setor e conhecer novos nomes.
O Combate Rock, como em todas as edições anteriores, esteve lá para conferir e podemos constatar que, apesar da crise econômica e política nas quais o país está submetido, o setor apresenta sinais positivos.
A descentralização da cena, com o surgimento de diversos festivais fora do eixo RJ-SP, é um processo que, aparentemente, é irreversível, atraindo artistas de diversas partes do país e do exterior, em alguns casos. Como disse Ricardo BigBross, em um painel sobre festivais da Bahia: "quando as pessoas descobrem que eu pago minhas contas com festival de rock, autoral, na Bahia, elas se assustam, porque acham que o axé ainda predomina".
Além da percepção, há números que comprovam que o setor está bem: a Move Concerts, que trouxe artistas de Maroon 5 a Deep Purple para o Brasil, teve seu faturamento triplicado em 2017. No mercado fonográfico, apesar da crise, o país ocupa a 11ª posição em faturamento, segundo a IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica).
Shows
A SIM é uma excelente oportunidade para se conhecer novos artistas, seja nos showcases, que aconteceram na sala Adoniran Barbosa, ou nos diversos eventos espalhados pela cidade.
Para além do rock, o show mais impressionante que vimos foi Linn da Quebrada: batidão, trans, agressivo e com um discurso afiado, ela é a prova que o espírito punk pode surgir em qualquer gênero musical.
Outro destaque foram os franceses do Dot Legacy, com um indie que resvala num stoner metal e os canadenses do We Are Wolves, com um rock energético e divertido. Os franceses já são figurinha carimbada em terras de Pindorama, mas espero que os canadenses consigam repetir a trajetória dos conterrâneos Les Deuxluxes, que se apresentaram na SIM do ano passado e voltaram neste ano, para uma turne com nove shows pelo país (o Combate Rock conferiu a apresentação deles no Sesc Belenzinho, mas será tema de outro post).
Além deles, destacamos a apresentação de Jards Macalé (Deus existe e ele se chama Jards Macalé), na abertura do evento, o haitiano Vox Sambou, Tim Bernardes (guitarrista e vocalista d'O Terno), My Magical Glowing Lens (Espírito Santo) e os paraenses do Molho Negro.
E o metal nacional?
Mais uma vez, gostaria de ressaltar a ausência de participantes do metal nacional na SIM São Paulo. Em um evento em que são discutidos problemas e soluções para a indústria musical, além de ser plataforma de novos negócios, é incompreensível a não-presença de artistas e produtores do metal.
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