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Músicos brasileiros brilham no exterior; por aqui, sobram dificuldades

Combate Rock

17/11/2017 07h04

Marcelo Moreira

Marcus Castellani, do Manowar (FOTO: DIVULGAÇÃO/ARQUIVO PESSOAL)

É uma boa notícia, mas também não é lá das melhores. O amigo Ricardo Batalha, redator-chefe da revista Roadie Crew, hoje a única revista de música (e rock) do país, publicou em seu perfil no Facebook uma rápida relação de músicos brasileiros que estão se dando muito bem no exterior, sem falar em Kiko Loureiro, ex-Angra e hoje guitarrista do Megadeth, e os irmãos Max e Iggor Cavalera.

Batalha fez a postagem em tom de crítica às pessoas no Brasil que, de forma frequente, reclamam, de forma infundada e ridícula, da qualidade da música feita no Brasil.

E eu pego carona no texto dele para desejar muito boa sorte ao baterista brasileiro Marcus Castellani, que agora integra o Manowar, uma instituição do metal mundial.

O músico integrou no Brasil as bandas Hell Patrol (Judas Priest Tribute) e Kings of Steel (Manowar Tribute), e agora está substituindo Donnie Hamzik na bada de Joey DeMaio.

E vamos celebrar os outros músicos brasileiros que estão mandando bem no exterior, segundo a listinha de Batalha: o paulistano Bill Hudson, que está na banda de Udo Dirkschneider (ex-Accept); o mineiro Guilherme Miranda, que está com o Entombed A.D.; o baterista Aquiles Priester, que está excursionando com o W.A.S.P.; o vocalista Simon Daniels, que canta agora no Autograph; o cantor e violonista BJ e o baterista Edu Cominato, que há anos tocam na banda solo de Jeff Scott Soto (BJ também canta na banda grega DangerAngel); e Dario Seixas, baixista que vive há décadas nos Estados Unidos e, além de diversos trabalhos em bandas (FireHouse, Jack Russell's Great White, Crown of Thorns, Stephen Pearcy, Endangered Species e outras), está se lançando em carreira solo.

A lista acima é uma enorme prova de que o rock e a música feitos no Brasil são de ótima qualidade que os músicos nacionais são bem valorizados na Europa e nos Estados Unidos.

A questão é que, infelizmente, o mercado interno para o rock, especificamente, continua desvalorizando o músico e dificultando a vida das bandas novas e nem tão novas assim.

Por tabela, os público parece cada vez mais desinteressado em buscar novidades, a julgar pelo número cada vez menor de locais dispostos a escalar bandas autorais – e o número cada vez maior de locais que preferem banda cover, quase sempre ruins.

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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