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Tom Petty morre aos 66 anos na Califórnia

Combate Rock

02/10/2017 17h40

Marcelo Moreira

Tom Petty (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Um artista que definiu o termo "americana" entre os roqueiros dos Estados Unidos. Não existe som mais característico daquele país do que a música de Tom Petty, com sua pegada country-folk-blues ao tocar a guitarra.

Um dos mais talentosos compositores de sua geração, Petty era amigo de todo mundo e idolatrado por toda uma geração de roqueiros a partir dos anos 80. Eram poucos os que conseguiam como ele fazer música pop acessível e de excelente qualidade sem cair nos velhos clichês da música americana.

O guitarrista morreu nesta segunda-feira (2), aos 66 anos, em Los Angeles. Ele foi encontrado inconsciente em sua casa na tarde de domingo. No hospital, foi constatada a ocorrência de um ataque cardíaco e, horas depois, a morte cerebral do artista. Os aparelhos foram desligados em concordância com a família.

Conhecido no Brasil pelos hits "Free Falling" e "American Girl" e ainda por ter integrado o supergrupo Travelling Wilburys nos anos 80 (com Bob Dylan, George Harrison, Rooy Orbison e Jeff Lynne), Petty sempre teve ao seu lado a banda The Heartbreakers, tão importante como apoio a um músico como a Crazy Horse, de Neil Young.

Seu último show foi realizado na última segunda (25), em Los Angeles. Tom Petty and The Heartbreakers tinham datas marcadas para os dias 8 e 9 de novembro, em Nova York.

O último trabalho de estúdio, "Hypnotic Eye", de 2014, mostrou um guitarrista ainda inspirado para compor ótimas melodias e fraseados de guitarra que expandiam o seu som tradicional.

Petty mergulhava cada vez mais no rock e tinha uma agenda repleta de compromissos com amigos músicos para participações especiais ou mesmo para produzir canções.

"Tom é uma usina de força e de ideias, um cara que consegue manter o foco e o bom humor sem que isso o atrapalhe em nada. É um prazer trabalhar com um cara assim", disse certa vez Jeff Lynne, da Electric Light Orchestra, que foi companheiro dele nos Wilburys, em declaração à revista Rolling Stone no comecinho dos anos 90.

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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