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Lollapalooza mais comercial traz Pearl Jam e Red Hot Chili Peppers

Combate Rock

28/09/2017 12h00

Marcelo Moreira

Sem grandes surpresas, e justamente naquele festival onde se poderia esperar um pouco mais de ousadia por parte dos organizadores.

Os principais nomes do festival, que ocorrerá no autódromo de Interlagos, são Pearl Jam, Red Hot Chili Peppers e The Killers. Sim, Red Hot de novo, que acabou de tocar no Rock in Rio.

O anúncio foi realizado na manhã desta quarta-feira (27 de setembro).

Também estão no elenco Imagine Dragons, Lana Del Rey, LCD Soundsystem, Liam Gallagher e David Byrne – este sim uma surpresa, já que faz tempo que anda sumido no cenário internacional.

O conceito, no entanto, permanece, com uma miríade de artistas mais alternativos e nem tão conhecidos, mas que representam segmentos com boa penetração cultural. É o caso da banda norte-americana The National, ou então da dupla Royal Blood, e ainda The Neighbourhood.

Ainda que possamos questionar a qualidade musical de The Killers – não tem estofo para segurar um festival como atração principal -, a escalação de Pearl Jam e Red Hot Chili Peppers soam acertadas do ponto de vista comercial. No lado artístico, nada acrescentam.

Decepções à parte, o Lollapalooza segue mantendo a sua relevância de festival mais ousado e diferente que ocorre por aqui. É louvável que mantenha o apoio ao hip hop e ao rap, com uma programação capitaneada por Chance the Rapper e Mano Brown, e que aposte atrações nacionais em ascensão, como a banda paulista O Terno.

Na área da música alternativa brasileira, há acertos como a cantora Mahmundi, que faz uma mistureba interessante de vários ritmos urbanos, entre eles o rock; a banda Francisco El Hombre, com seu rock eivado de influências latinas; a já veterana banda Vanguart, ainda surfando no prestígio de seus bons álbuns; Plutão Já Foi Planeta, com seu pop rock moderno e letras bem humoradas; Selvagens à Procura de Lei e Nem Liminha Ouviu, representando um rock mais visceral, embora o peso, desta vez, fique por conta da banda Ego Kill Talent.

E já que falamos de rock pesado, eis que o único representante do sugbênero é o Volbeat. quer dizer, rock pesado é modo de dizer. A banda dinamarquesa é adepta de um hard rock com veia oitentista e faz um som bem bacana, mas nada que vá abalar as estruturas do Lollapalooza. Definitivamente, é um festival onde o peso foi escanteado.

O festival será nos dias 23, 24 e 25 de março, no Autódromo de Interlagos. Ainda não há divisão de atrações por dia. Os ingressos são vendidos no site do festival, na bilheteria oficial (Citibank Hall, em São Paulo) e em pontos de venda. O Lolla Day, para apenas um dia, custa R$ 375 (meia-entrada) e R$ 750 (inteira). O Lolla Pass (para os três dias) custa R$ 1.500.

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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