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Yes anuncia turnê para comemorar 50 anos de fundação

Combate Rock

07/09/2017 07h16

Marcelo Moreira

Yes em 2017, da esq. para a dir.: Billy Sherwood, Jon Davison, Steve Howe, Alan White e Geoff Downes (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Desfigurado e sem integrantes originais. Assim o Yes pretende comemorar os seus 50 anos de fundação em 2018.

Com a morte do baixista Chris Squire em 2015 e a expulsão do vocalista Jon Anderson no final de 2007, o grupo britânico de rock progressivo terá apenas o guitarrista Steve Howe e o baterista Alan White como integrantes da formação "clássica".

O anúncio da turnê é mais um capítulo da guerra entre as "formações" que ocorre desde a morte de Squire, que detinha os direitos de uso do nome da banda.

Não há questionamentos em relação à questão jurídica. O problema é de ordem moral, como insinuou o ex-guitarrista da banda Trevor Rabin meses atrás.

A morte de Squire parecia ter amenizado alguns ressentimentos entre os integrantes e ex-integrantes – Anderson e o tecladista Rick Wakeman não perdiam a oportunidade de reclamar da forma como os negócios predominaram sobre a amizade quando do afastamento do vocalista em 2007.

Para quem não lembra, a banda teria a sua formação clássica – Anderson, Howe, Wakeman, Squire e White – na turnê de 40 anos de criação da banda. No entanto, o vocalista ficou muito doente no meio de 2007, com problemas respiratórios graves, além de problemas na coluna.

Squire e Howe não pensarem muito: para não cancelar a turnê, decidiram substituir Anderson por Benoit David, um canadense integrante de uma banda tributo ao próprio Yes – anos depois David ficou doente e fui sumariamente substituído por outro cantor de banda tributo, Jon Davidson.

Por um tempo não se sabia se a substituição era temporária ou definitiva. Tão logo ficou claro que Anderson não voltaria, Wakeman saiu pela enésima vez da banda.

Com a introdução do Yes ao Rock and Hall of Fame, no começo deste ano, tudo parecia se encaminhar para apaziguamento, já que o Yes atual recebeu Anderson, Wakeman e Rabin para a cerimônia, nos Estados Unidos, e para a apresentação em seguida.

Três dias depois, a surpresa: Trevor Rabin partiu para o ataque e afirmou que o projeto ARW, que mantém com Anderson e Wakeman, iria mudar de nome para Yes featuring Anderson, Rabin e Wakeman. Foi além, dizendo que a atual formação, liderada por Howe e White, não passava de uma banda cover do Yes.

A banda resolveu ignorar a provocação e manter sua programação. Até o momento somente datas pela Europa estão confirmadas, mas como a intenção é fazer uma turnê mundial.

Nas redes sociais, a banda informou que pretende incluir no repertório faixas do álbum "Tales From Topographic Oceans", sexto trabalho do grupo, lançado em 1973, quase nunca executadas.

A formação atual do Yes conta com Jon Davison (vocal), Steve Howe (guitarra), Geoff Downes (teclado), Billy Sherwood (baixo) e Alan White (bateria).

 

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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