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Matanza Fest retorna a São Paulo para fazer tremer o Butantã

Combate Rock

21/07/2017 07h04

Marcelo Moreira

Matanza (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Havia certa desconfiança, mas a força de vontade e a organização empresarial de seu vocalista venceram. O Matanza Fest chega a sua 5ª edição em 2017 como o primeiro e provavelmente mais importante festival itinerante do rock nacional.

"Dá muito trabalho, mas a satisfação é enorme de ver o resultado, com boa estrutura e uma reunião de amigos no palco, tocando muito e fazendo o que a gente mais gosta", diz o vocalista da banda Matanza, Jimmy London.

Assim como os conterrâneos dos Autoramas, o carioca Matanza é um exemplo de perseverança e empreendedorismo em um mercado musical depreciado e ainda se adaptando a uma nova realidade de mercado.

London olha para frente e não perde tempo com reclamações ou filosofias a respeito da forma como se ouve ou se consome música neste momento. "Eu ficaria decepcionado se as pessoas não ouvisse mais os sons com paixão, como fazíamos no passado. Mas é um fato: hoje se ouve de uma forma muito distinta e a relação com a música mudou bastante. Acho que ainda veremos coisas muito legais e bacanas no futuro, a música continuará muito importante."

Em relação ao festival, além do óbvio orgulho do sucesso que o evento conseguiu, há uma "conexão" que os membros do Matanza costumam exaltar com o público, que ganha ares de irmandade no Matanza Fest.

"Estamos conseguindo uma frequência de shows muito boa, coisa que perseguimos ao longo de 20 anos de carreira. Nesse tempo a gente aprende alguma coisa, a como se virar em um mercado tão hostil, que é vítima de preconceito e de amadorismo ao mesmo tempo. Nunca tivemos apoio de ninguém, nunca conseguimos benefício de poder público, nunca caímos nas graças de executivos de gravadoras ou de televisão. Tudo o que fazemos hoje, e ainda hoje, é por nossa conta e por nosso risco. Não lotamos nenhum Maracanã, mas temos um público fiel e cativo que nos carrega há 20 anos. Sentir isso no Matanza Fest é algo que não pode ser descrito", diz London.

O Matanza completa 20 anos de estrada e realiza a sétima edição de seu festival independente, o Matanza Fest, no próximo dia 22 de julho, no Tropical Butantã.

Grandes nomes do rock foram convidados e serão os responsáveis por esquentar o público paulista, como os veteranos da Inocentes, os punkers da Muzzarelas e os metaleiros da Hatefulmurder. Como se tudo isso já não bastasse para tornar o

evento eletrizante, eis que o compositor, ilustrador e guitarrista de estúdio do Matanza, Marco Donida, também estará presente mostrando todo seu talento no palco. Os ingressos podem ser adquiridos através do link https://goo.gl/XweKKq.

Nesta edição, os cariocas da Hatefulmurder serão o grupo com menor tempo em atividade – nove anos – a se apresentar. Para o baterista Renan Campos, a participação é sempre um privilégio.

"Vamos participar pela terceira vez e para nós é uma honra dividir palco com lendas. É muito interessante a mistura de gerações que o evento proporciona e quem ganha é o público. Que venham mais vinte anos de atividade para nossos brothers do Matanza".

Já a intérprete Angélica Burns destaca a importância do festival: "O Matanza é pioneiro no fortalecimento da cena como um todo e cede um espaço importante para outros músicos. É uma iniciativa admirável", elogia.

Jimmy London explica o intuito do festival e revela que poderia ser mais um no meio do público se não estivesse trabalhando. "O Matanza Fest é quando podemos botar para fora a nossa ideia de uma noite ideal. É assim que imaginamos como seria o show que queremos ir. Eu estaria no meio da galera 'amarradão' se não tivesse que trabalhar. São bandas muito boas, cascudas e com performances intensas para caralho. É a mais plena e pura festa do Matanza", afirma.

Os camisas pretas de São Paulo já sabem onde encontrar a boa e velha farra no dia 22 de julho. O nível de insanidade será extremo, a noite será composta por barulho, bebedeira, rock n'roll e muita "bateção" de cabeça no Tropical Butantã.

"Quando o Matanza se apresenta como quinteto, as paredes do inferno tremem. A ideia é fazer barulho até o grande abismo se abrir e engolir todos nós. Por isso, a rapaziada não pode perder! Vai ser muito divertido", avisa Marco Donida.

SERVIÇO:

Dia: Sábado, 22/07/2017

Horário: 21h às 04h

Local: Tropical Butantã

Tel: (11) 3031-0393

Endereço: Avenida Valdemar Ferreira, 93, próximo ao metrô Butantã – São Paulo, SP

Classificação etária: 18 anos

Pontos de venda de ingressos:

Bilheteria do Tropical Butantã – Avenida Valdemar Ferreira, 93

Tel: (11) 3031-0393

Ou através do link: https://goo.gl/XweKKq

Preços:

2° lote – Inteira: R$ 100,00

2° lote – meia-entrada: R$ 50,00

2° lote – promocional (levando 1 kg de alimento não perecível, exceto sal e açúcar): R$ 50,00

1° lote – Upgrade Open Bar (não dá acesso ao evento e deve ser comprado separadamente do

ingresso. O Upgrade inclui acesso aos camarotes e open bar de cerveja Matanza, refrigerante e

água): R$ 100,00

 

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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