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Morre Kid Vinil, uma das 'enciclopédias' brasileiras do rock

Combate Rock

19/05/2017 18h35

Marcelo Moreira

A melhor definição a respeito de Antonio Carlos Senefonte vem de um músico paulista importante: "O cara é tão gente fina que vai dizer gentilmente que você está errado, que não sabe nada, e você ainda vai agradecer muito."

Senefonte é mais conhecido como Kid Vinil, figura das mais importantes e inteligentes da área cultural do Brasil. Músico, DJ e radialista, entre outras coisas, morreu nesta sexta-feira (19/05) aos 62 anos de idade.

Em turnê pelo Brasil com uma trupe de músicos que faziam um revival do rock nacional oitentista, Kid Vinil havia terminado sua apresentação na madrugada de 16 de abril, em Conselheiro Lafaiete, na região central de Minas Gerais, quando passou mal e desmaiou atrás do palco.

Internado em hospital da cidade, teve de ser transferido dois dias depois para São Paulo para tratar das consequências de um ataque cardíaco que afetou também a oxigenação do cérebro.

Bonachão e um grande piadista, certamente jamais imaginou que cumpriria a promessa que vários músicos extraordinários e famosos sempre fazem: morrer em cima do palco, em pleno show – ou quase.

Nome importante na construção do rock nacional, Kid Vinil, iniciou a carreira com o grupo Verminose, um dos pioneiros do pós-punk no Brasil, que mais tarde mudaria de nome para Magazine.

No começo dos anos 80, a banda alcançou sucesso nacional com hits como "Sou Boy" e "Tic-Tic Nervoso". Em 2015, ganhou a biografia "Um Herói do Brasil", escrita em parceria pelo jornalista Ricardo Gozzi e pelo músico Duca Belintani

Entre os primeiros músicos que manifestaram as condolências estão João Gordo, vocalista do Ratos de Porão, e Luiz Thunderbird, vocalista do Devotos de Nossa Senhora Aparecida. Para eles a muitos outros, Kid era mais do que o velho e bom Kid – era o "Professor", como era chamado por muita gente.

 

 

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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