Com elegância, Yes ignora problemas internos e faz grande show no Rock and Roll Hall of Fame
Marcelo Moreira
A introdução ao Rock and Hall of Fame ganhou nos últimos anos mais importância do que realmente tem por conta da demora em "nomear" nomes cruciais da história do rock, como ocorreu com o Yes e com o Deep Purple.
Quando uma banda deste porte é nomeada, suas várias formações começam a se digladiar sobre quem vai receber o prêmio na cerimônia anual e, eventualmente, até a tocar.
Costumam ocorrer tretas feias por conta disso, como no caso do Kiss, que se acabou desistindo de tocar na cerimônia por conta das disputas no caso de quem estaria no palco: a formação atual, com o guitarrista Tommy Thayer e o baterista Eric Singer, ou a original, com Ace Frehley e Peter Criss.
Deep Purple e Yes deram uma aula de fair play. No ano passado, o Purple apareceu para receber o prêmio com os principais vocalistas que passaram pela banda – Ian Gillan, David Coverdale e Glenn Hughes.
Neste ano, o Yes homenageou o falecido baixista Chris Squire com Jon Anderson, Rick Wakeman e Trevor Rabin no palco, em uma deferência do guitarrista Steve Howe, hoje o chefe da banda. Gentilmente, o telcadista Geoff Downes e o baixista/tecladista Billy Sherwood cederam seus postos.
Howe acabou virando desafeto de Anderson e Wakeman desde que o vocalista acabou saindo do grupo, em 2007.
Em várias entrevistas, Anderson, fundador da banda, se queixou por ter sido expulso porque teve sérios problemas de saúde às vérsperas da turnê de comemoração dos então 40 anos de criação do Yes. Howe e Squire não hesitaram em contratar um cantor de uma banda cover do Yes (o canadense Benoit David) para cumprir as datas acordadas.
Recuperado, Anderson permanecei alijado do grupo, apesar de seus 72 anos. Rick Wakeman, em solidariedade, recusou diversos convites para voltar à banda desde 2007 – ironicamente, foi substituído por alguns anos pelo filho mais velho, Oliver – Adam, o mais novo, tocou teclado por anos com Ozzy Osbourne e Black Sabbath.
Seja como for, apesar da rusgas e das sacanagens internas, o Yes soube lidar com classe com o fato de haver muitos ex-integrantes importantes e conciliou a presença de todos no Rock and Roll of Fame – com direito à performance no baixo de Geddy Lee, do Rush, que fez o discurso de indução da banda inglesa na cerimônia.
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