Corajosos, Johnny Hansen e o Harry 'inventaram' uma cena de rock eletrônico no Brasil
Marcelo Moreira
Johnny Hansen era um cara corajoso, assim como os companheiros da banda Harry, de Santos. Lá pelos anos 80, os caras inventaram de fazer música eletrônica em uma terra que ainda estava aprendendo a entender o pop rock que nascia na primeira metade da década.
Enquanto grupos como Blitz, Paralamas do Sucesso e RPM estouravam nas emissoras de rádio, os esquisitos do litoral tentavam criar uma mescla de synth pop com música eletrônica e industrial, mas com uma originalidade que seria posta à prova nos anos seguintes.
Nem sempre o Harry acertou, s sua produção bissexta, de certa forma, demonstra as dificuldades de a banda trilhar um caminho desconhecido, arisco e até mesmo hostil.
Quase um ícone undeground, Hansen, que era guitarrista, seguiu a vida tocando muito e produzindo muito, até que um ataque cardíaco abreviasse sua passagem por aqui na noite desta sexta-feira (7 de março), em Santos.
Formada em 1985 como um trio, a Harry começou como uma banda post punk e power pop. Em 1987, com a adição de um tecladista, partiu para a "música esquisita" a que me referi antes, podendo ser considerada pioneira no país na mistura de rock com musica eletrônica e certamente a pioneira na tentativa de criar uma música industrial.
Entre 1987 e 1995 gravaram 1 EP ("Caos"), 2 LPs ("Fairy Tales", "Vessels Town") e um CD ("Chemical Archives").
Após alguns anos de inatividade, retornam em 2005, junto com o lançamento de um box set ("Taxidermy") abrangendo toda a sua obra.
A partir de 2010 retomam o direcionamento do início da carreira. O último trabalho foi o CD "Electric Fairy Tales" foi lançado em 2015.
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