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Jazz faz 100 anos e se mostra cada vez mais necessário

Combate Rock

24/02/2017 14h18

Marcelo Moreira

Toots Thielemans, gaitista belga e um dos maioes noes do jazz europeu (FOTO: JOS KNAEPEN/SITE OFICIAL)

Um estúdio bem acanhado, um quinteto de sopros e piano liderado por um franzino cornetista e duas músicas gravadas em muito destaque. E assim nascia, em termos oficiais, o jazz em Nova York, no dia 26 de fevereiro de 1917. O centenário do icônico gênero musical norte-americano tem uma semelhança grande com o centenário do samba, ocorrido no ano passado.

A história do jazz se confunde coma  da cultura norte-americana. Ao lado do cinema, ajudou a espalhar e consolidar o jeito de "made in USA" de fazer entretenimento e de invadir culturalmente o mundo. O jazz, ainda hoje, é sinônimo de Estados Unidos. E é indissociável do blues e do rock'n'roll.

Se o começo foi discreto e longe de, no momento, mostrar a importância da data, vinte anos depois mostrou-se uma potência cultural e até política – quem diria que o jazz seria uma arma importante de resistência ao nazismo antes e durante a Segunda Guerra Mundial na Europa ocupada pelo alemães?

Naquele dia frio de fevereiro de 1917, a Original Dixieland Blues Band, liderada pelo cornetista Nick LaRocca, registrou as canções "Livery Stabble Blues" e "Dixie Jass Band One-Step", que não causaram muito impacto. Entretanto, foram o início de uma tormenta cultural que varreria os Estados Unidos na década seguinte.

O jazz é sinônimo de Estados Unidos, mas é desde sempre um gênero universal. Originado entre músicos negros do século XIX, ganhou a admiração de quase todos os músicos brancos importantes do século XX e virou um motor cultural e definidor de padrões de comportamento. Como é possível imaginar o mundo sem o jazz?

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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