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Brasil Metal Union volta em fevereiro com quatro bandas

Combate Rock

08/02/2017 06h45

Dark-Avenger-2015

Uma das grandes iniciativas do metal nacional parece que engrenou – uma grande notícia em meio ao desânimo que tem tomado conta da área cultural brasileira, em especial para os músicos que fazem trabalhos autorais.

Diante da repercussão da edição especial da volta do festival Brasil Metal Union em novembro passado, após um hiato de dez anos, o produtor Richard Navarro prometeu retornar com novos eventos e projetos dedicados às bandas de metal nacional em 2017.

"Acho que ficou claro para quem acompanhou as postagens das bandas e do público no Facebook e as resenhas que saíram, o quanto foi positiva essa edição da volta do festival. Fiquei muito orgulhoso com tudo isso e decidi que dedicaria meu 2017 para trabalhar pelo Metal nacional", conta o produtor.

Sua primeira ação foi o recente anúncio do evento "BMU Legends", que acontecerá no dia 18 de fevereiro, a partir das 20h, no Gillan's Inn English Pub, na capital de São Paulo. Trata-se de uma espécie de "mini BMU", reunindo bandas clássicas na história do festival, que não tocaram nessa edição da volta em 2016.

"Eu tinha uma única data para realizar um festival, que originalmente acontecia em dois dias diferentes. Então era impossível colocar todas as bandas que mereciam estar lá. Por isso criei esse novo formato, com a ideia de reunir bandas que tocaram nas primeiras edições do BMU, num formato mais compacto e intimista", explica o produtor.

Para quem frequentou os primórdios do festival na hoje extinta Ledslay, o anúncio do cast dessa 1ª edição do "BMU Legends" não poderia ser mais nostálgico: Dark Avenger (DF), Dragonheart (PR) e Liar Symphony (SP).

"A história de algumas dessas bandas se confunde com a história do festival e a minha como produtor. Então é uma honra reunir novamente essas bandas nesse verdadeiro clima 'revival'", diz Navarro. "Muito além do saudosismo para quem viveu os anos dourados do festival de 2000 a 2006, o objetivo é mostrar ao público que frequenta os shows hoje as bandas que forjaram os pilares do BMU e continuam na ativa".

Além das três que marcaram as primeiras edições do festival, o evento ainda trará a Armored Dawn (SP) que, apesar de "novata", traz em sua formação o baterista do Korzus, o ex-baixista do Karma e o ex-tecladista do Eterna, todos com histórico de shows no BMU. O novo formato tem suas particularidades. A ideia é reunir no máximo três bandas das primeiras edições e uma nova revelação do metal brasileiro.

Com um cast reduzido, o primeiro diferencial em relação ao formato original do festival é que as bandas fazem um show mais completo. O segundo é que, por ser realizado numa casa menor, o contato e interação entre público e bandas se torna bem maior.

Por outro lado, a já conhecida pontualidade e qualidade de produção do festival original serão rigorosamente mantidas, segundo o produtor.

"O metal nacional merece ser tratado com respeito e dignidade. Só assim nossas bandas serão enxergadas e reconhecidas por aqueles que pensam que no Brasil só existe Angra e Sepultura. Meu objetivo é promover a união para fortalecer nosso cenário underground, e dar algum apoio e esperança para as bandas que reclamam de falta de espaço", esclarece. "Mas quando alguém se prontifica a fazer algo pelas bandas, é também fundamental que todas se unam e apoiem esse alguém. Mesmo quando não irão tocar, as bandas precisam ir aos shows uma das outras, se apoiarem e apoiarem os produtores."

O Gillan's Inn, pub que valoriza as bandas autorais, está apoiando o trabalho de Navarro. "Se este primeiro evento der certo, e estou sentindo que dará, farei vários outros em prol do metal nacional nessa casa, especialmente para bandas novas e as que nunca tocaram num BMU", conclui Navarro.

O 1º lote de ingressos promocionais já estão disponíveis por apenas R$50 (cinquenta reais) nas lojas Die Hard (Galeria do Rock), Woodstock Discos (Metrô Anhangabaú) e via Ticket Brasil.

 

 

 

 

 

 

 

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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