Vinte anos sem Chico Science
Ricardo Gozzi – do site Roque Reverso
A perda de Chico Science em um acidente automobilístico completa 20 anos neste dia 2 de fevereiro de 2017. Houve, entre os mais radicais no mundo do rock, quem preconizasse o rápido esquecimento do artista pernambucano. Duas décadas depois, porém, o líder da Nação Zumbi segue celebrado como um dos principais expoentes da contracultura brasileira no Século XX e sua influência alcançou ícones da música nacional como Otto e Cássia Eller, entre outros.
Acompanhado da Nação Zumbi, que segue na ativa até hoje, Chico Science emprestou sua voz a dois dos melhores álbuns da década de 90: "Da Lama ao Caos" (1994) e "Afrociberdelia" (1996).
Do Recife para o mundo, Chico Science & Nação Zumbi, juntamente com o Mundo Livre S/A, rompeu a resistência dos grandes centros ao movimento manguebeat, proporcionando um daqueles grandes momentos – ainda que raros e breves – nos quais a música alternativa colocava de joelhos a outrora toda-poderosa indústria fonográfica.
Enquanto os mais puritanos torciam o nariz para a mistura de ritmos regionais com rock, hip hop e outros estilos – e os mais preconceituosos para o sotaque –, Chico Science & Nação Zumbi emplacava hit atrás de hit nas rádios de todo o Brasil entre 1994 e 1997, tendo seu talento reconhecido também no exterior.
O público paulistano foi conquistado sem muita resistência depois de um show apoteótico no finado Aeroanta lá pelos idos de 1993 ou 1994.
Francisco de Assis França Caldas Brandão faleceu em um acidente automobilístico em 2 de fevereiro de 1997, apenas algumas semanas antes de completar 31 anos, numa via de ligação entre Olinda e Recife.
Lembro-me de estar assistindo a um jogo de futebol qualquer na TV quando o narrador Luciano do Valle anunciou a morte de Chico Science enquanto algum produtor apressado, desastrado, mal informado ou tudo isso junto botava no ar uma foto de Chico César, numa daquelas gafes injustificáveis.
Para celebrar Chico Science, o Roque Reverso descolou os clipes de "A Cidade", "A Praieira", "Da Lama ao Caos" e da versão da banda para "Maracatu Atômico", música de Nelson Jacobina e Jorge Mautner transformada em sucesso por Gilberto Gil.
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