Bar que vende música e acessórios de rock, uma ideia que deve ser resgatada
Marcelo Moreira
A ideia está longe de ser original, e reapareceu tarde demais, talvez. Entretanto, pode ser uma possibilidade bem concreta de aliar interesses de consumidores, músicos e proprietários de bares que se dedicam ao rock e ao blues.
Aparentemente, A Gruta, em Santo André, é o único rock shop bar da Grande São Paulo na atualidade. Encravado no centro da cidade, na rua Coronel Abílio Soares, quase esquina com a movimentada avenida Coronel Alfredo Fláquer, em cima da avenida Perimetral, o bar é um oásis para quem gosta de boa música e bebida de qualidade.
Primeiro surgiu o bar, que virou referência para músicos brasileiros e estrangeiros na Grande São Paulo. Warrel Dane, por exemplo, é figurinha fácil por lá – o cantor norte-americano liderou as bandas Sanctuary e Nevermore.
Ali também foi o ponto de encontro dos fãs da banda de heavy metal israelense Orphaned Land, quando esta veio ao Brasil por duas vezes – isso para não falar de integrantes das bandas brasileiras Necromancia, Seventh Seal, Necromesis e muitas outras.
Com várias televisões e uma mesa de sinuca, o ambiente mistura o clima de pub inglês com o de boteco texano de estrada – e incrivelmente dá certo.
Recentemente, a Gruta agregou uma lojinha com CDs, DVDs, camisetas e uma vasta gama de acessórios e artigos relacionados ao rock, como canecas, bonés, relógios de parede, copos, isqueiros e várias outras coisas.
Curiosamente, foram poucas as iniciativas que juntavam esses vários itens na Grande São Paulo desde os anos 80. Na mesma Santo André, 20 anos atrás, o ótimo bar Jazz & Blues reunia excelente música ao vivo, boa comida e venda de CDs de artistas consagrados nacionais e estrangeiros que frequentavam a casa, que desapareceu no início dos anos 2000.
Em São Paulo, nos anos 90, ocorreram tentativas incipientes de unir bares e venda de música nos bairros de Pinheiros e no Bixiga, na região central da cidade.
Praticamente todas as iniciativas fracassaram porque a venda de CDs, DVDs, livros e até obras de artes plásticas nunca foram levadas a sério, era atividades marginais e consideradas meros penduricalhos. Nem mesmo os artistas que tinham seus CDs para vender levavam a sério a iniciativa.
Um bar de rock que decida por vender não só bebidas e comida, mas também itens relacionados à música, certamente tem potencial para ser um veículo importante para a divulgação de novas bandas e artistas, em uma parceria em que todos ganham.
Leitores atentos do Combate Rock informam que existem bares na região da rua Augusta (Baixo Augusta), em São Paulo, que também vendem CDs e DVDs (shows e filmes) – não necessariamente são bares roqueiros.
Essas iniciativas precisam ser mais difundidas e divulgadas, de forma que a ambição seja quase irrefreável – que tais bares transcendam e se tornem centros culturais, como difusores de boa música e cultura em geral.
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