Cliff Williams formaliza a sua saída do AC/DC após a atual turnê
Marcelo Moreira
Até então era apenas um desejo, embora dito com bastante convicção: o baixista da banda australiana AC/DC, Cliff Williams, anunciou em uma entrevista em julho passado que se aposentará ao término da turnê "Rock or Bust".
Depois das saídas traumáticas de Malcolm Young, Phil Rudd e Brian Johnson, esperava-se que o segundo remanescente da primeira fase da banda, ao lado de Angus Young, reconsiderasse a decisão. Isso não só não aconteceu como a saída de Williams da banda foi formalizada nesta terça-feira (20).
O baixista gravou um vídeo onde explica os motivos de sua decisão e garante que já pensava em parar mesmo antes do começo da atual turnê, que agora tem Axl Rose como vocalista. Ele diz que as saídas de Malcolm, Brian e Phil Rudd não tiveam influência em sua opção. Clique aqui e veja o vídeo de Williams no site da Rolling Stone Brasil.
Em entrevista à Rolling Stone norte-americana, o guitarrista e líder do AC/DC, Angus Young, comentou a saída de Williams. "Cliff já tinha avisado antes mesmo de sairmos em turnê que esta seria a última dele", revelou. "Além de mim, Cliff é quem estava lá há mais tempo, desde 1977. Cliff e Brian estão na mesma faixa etária [o baixista tem 66 anos, e o cantor 68]. Eles gostam de sair, ir a pubs. Eles tinham esse laço."
A primeira declaração de Williams sobre o assunto surgiu em uma entrevista dele à "Gulfshore Life", uma revista norte-americana de circulação local sobre estilo de vida. O discreto baixista inglês concedeu a entrevista na condição de morador ilustre de Fort Myers, na Flórida.
Cliff Williams ingressou no AC/DC em 1977, durante a turnê de "Let There Be Rock". Seu primeiro álbum de estúdio com a banda foi "Powerage", de 1978. Tornou-se conhecido por linhas de baixo simples e eficientíssimas para que as guitarras de Angus e Malcolm Young brilhassem.
Nesses quase 40 anos, a partir de "Powerage", Williams esteve presente em todos os discos seguintes da lendária banda australiana, que nos anos 1980 alcançou a consagração mundial. Nos palcos, Williams ausentou-se do AC/DC apenas durante alguns meses, em 1991, para tratar de um problema renal.
Os álbuns de estúdio tornaram-se mais escassos depois da entrada do século XXI, mas nem por isso deixando a dever aos trabalhos de seus anos de glória.
Os acontecimentos dos últimos anos foram decisivos para a decisão do baixista. Tudo começou com a saída de Malcolm Young por motivos de saúde, em 2014.
Depois, o baterista Phil Rudd foi parar em prisão domiciliar depois de ser condenado por ameaça de morte na Nova Zelândia, sendo obrigado a deixar a banda. Foi substituído por Chris Slade, que integrou a banda entre 1989 e 1995.
No início deste ano, a abrupta saída de Brian Johnson, também por problemas de saúde, seguida de sua substituição provisória por Axl Rose.
Há quem diga que a doença de Malcolm condenou o AC/DC, uma vez que seria ele o integrante capaz de controlar os egos, principalmente o do irmão Angus, e manter a banda ativa e produtiva.
Outros dizem que a implacabilidade do tempo faz com que o fim se torne inevitável para tudo e todos – exceções abertas aos Rolling Stones e a Fidel Castro, para confirmar a regra.
O fato é que, enquanto o AC/DC definha de baixa em baixa, Angus Young reina sozinho no magnífico castelo que ajudou a erguer.
*Com informações do site Roque Reverso
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