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Plebe Rude tem documentário exibido no Canal Brasil

Maurício Gaia

14/05/2016 08h24

Equipe Combate Rock

Cartaz do documentário

Cartaz do documentário "A Plebe é Rude"

O documentário "A Plebe É Rude" será lançado pelo Canal Brasil dia 20 de maio nas plataformas de video sob demanda, como NOW, GVT e Oi. Com direção de Diego Da Costa e Hiro Ishikawa e produção de Doctela, Pietà Filmes e do próprio Canal Brasil, o filme conta a história da banda de Brasília que estava lá quando o rock brasileiro – influenciado pela atitude faça-você-mesmo do punk e pós-punk e envolto pela nuvem negra do regime militar do país – começou a despontar para os anos 80, ao lado de Legião Urbana, Aborto Elétrico, Capital Inicial e outras. O lançamento coincide com os 35 anos de história da banda e 30 anos de lançamento do disco "O Concreto Já Rachou", álbum de estreia da discografia do grupo e considerado pela revista Rolling Stone um dos 100 melhores discos da música brasileira.

Muitas imagens raras em vídeo, matérias de jornal da época e fotos inéditas, misturadas a imagens de arquivo pessoais e novos depoimentos dão o tom do documentário, que conta com os integrantes originais Phillippe Seabra, André X, Jander Ribeiro e Gurtje Woorthman, além de Clemente – membro da banda Inocentes, amigo de longa data e que hoje também faz parte do grupo – e nomes como o jornalista e pesquisador Arthur Dapieve, o músico e padrinho do grupo Herbert Vianna e o executivo da gravadora que primeiro contratou a banda, Jorge Davidson, entre outros.

Imagens de Brasília – um lugar descrito em termos como marasmo e tédio nos depoimentos – se misturam a fotos dos integrantes logo nas primeiras cenas do filme, para em seguida começar a contar um pouco do começo da cena na qual a Plebe Rude se enquadrava e as bandas que os influenciaram, como Stiff Little Fingers, Killing Joke, The Who, Sex Pistols, Clash e até os Rolling Stones, quando lançaram "Shattered", no fim dos anos 70. Além, é claro, de toda a cena punk.

Assim como o som e a personalidade da Plebe Rude, o tom do filme é debochado, irônico, bem-humorado e ácido, confrontando os diferentes pontos de vistas dos membros da banda, sejam eles originais ou atuais. O filme expõe as dificuldades de relação entre os integrantes, que resultaram em mudanças de formação, superação por meio de novas parcerias e a luta para se manter uma banda independente, fiél aos seus valores originais. É através desses diálogos internos que se traça um panorama do rock de Brasília e do papel crucial que a Plebe Rude desempenhou na construção do cenário independente brasileiro desde aquela época, ao mesmo tempo em que os novos tempos levantam outras discussões.

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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