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Bastante requisitado, Zak Starkey chega aos 50 no auge da carreira

Combate Rock

30/11/2015 07h00

Marcelo Moreira

Ele teve o meohor professor que qualquer baterista poderia ter, e ainda por cima sempre poderia contar com uma ajudinha do pai, que tocou simplesmente com os melhores. Um grande privilégio, mas também uma enorme repsonsabilidade.

Zak Starkey tem uma carreira que encontra alguns paralelos com a do ex-goleiro Edinho (ex-Santos), filho de Pelé: o sobrenome é um fardo porque a cobrança é enorme, embora também seja uma fonte de benefícios em algumas situações.

Starkey completa 50 anos neste 2015 em alta, cotadíssimo como um dos grandes bateristas da atualidade, requisitado por uma série de artistas de variados gêneros e estilos.

Filho do ex-beatle Ringo Starr, desde cedo demonstrou interesse pelo instrumento do pai, que lhe deu as primeiras noções.

Frequentemente ausente por conta das incontáveis turnês com a banda e na carreira solo, Ringo não hesitou em deixar o filho sob os cuidados de um grande amigo, Keith Moon, a fera do The Who e frequentemente considerado o melhor baterista de todos no rock (partilho desta opinião).

Zak Starkey em ação com o Who nos Estados Unidos, em 2008 (FOTO: ALEX BARRON-HOUGH/THE WHO.COM)

Zak Starkey em ação com o Who nos Estados Unidos, em 2008 (FOTO: ALEX BARRON-HOUGH/THE WHO.COM)

Ironicamente, quase 20 anos depois da morte de Moon, Starkey se tornou o baterista contratado pelo Who, além de ter tocado paralelamente no Oasis e com mais uma série interminável de músicos. Mesmo sem ser considerado um membro oficial, é o baterista que mais tempo ocupou o posto no Who depois de Moon.

Alguns deratores costumam dizer que Zak é bastante "confiável": basta "programá-lo" com eficiência que ele cumpre direitinho o que lhe foi determinado – isso partiu de um músico inglês anos atrás.

A maldade não passa de maledicência. Zak Starkey está bem longe da genialidade do pai e do antigo tutor, mas é um ótimo músico. Confiável e bastante técnico, aposta em sua versatilidade e seu poder de concentração. Não inventa, mas não derrapa.

Ele é tão respeitado por parte dos músicos de rock e pelo público que foi homenageado pelo público que compareceu ao show do Who no Hyde Park, em Londres, ocorrido em julho deste ano – e que saiu em CD neste mês de novembro.

A o ser anunciado pelo guitarrista Pete Townshend, foi ovacionado como nunca um músico de apoio da banda havia sido, bem ao estilo do que costuma ocorrer quando o eterno Charlie Watts, baterista dos Rolling Stones, é anunciado nos shows por Mick Jagger.

Zak Starkey lida bem com o peso do sobrenome, embora não seja tão espetaculoso ou virtuoso quando Jason Bonham, baterista ficou de outra lenda, John Bonham (ex-baterista do Led Zeppelin). No entanto, suas credenciais são impecáveis – e a fila de gente qurendo tocar com ele é o maior indicativo disso.

Zak com o seu

Zak com o seu "professor": Keith Moon (FOTO: ARQUIVO PESSOAL/BEATLE PHOTO BLOG)

 

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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