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Notas roqueiras: Edgard Scandurra, Silvia Tape, Dingo Bells...

Combate Rock

26/11/2015 12h00

da equipe Combate Rock

– O músicos Edgard Scandurra e Silvia Tape se reuniram e gravaram o álbum "EST", que será lançado pelo Selo180 dia 24 de novembro nas plataformas digitais e no início do ano em CD e vinil. O embrião deste trabalho surgiu em 2009, quando Scandurra fez uma série de gravações lo-fi, só com a ajuda do GarageBand, em casa ou no sossego da Praia de Itamambuca (SP). "Eram temas para um possível disco instrumental", o guitarrista fundador do Ira! declara. Virou algo maior. E foi no Le Petit Trou, antigo bistrô de Edgard Scandurra, cujo andar de cima se desdobrava em bar e um dos laboratórios da nova cena independente paulistana, que ele encontrou a parceria ideal para esse trabalho – precisamente num show em que a voz singela e afinada de Silvia Tape encontrava a verborragia de Fausto Fawcett. "[Ela tem] um timbre que não é parecido em nada com a fórmula das cantoras brasileiras. E não tem tanta ligação com a MPB quanto tem pelo post-punk", ele explica. Silvia Tape foi baixista da banda garageira Happy Cow, em Piracicaba, em meados dos anos 90. Hoje, além de ser a guitarrista na nova formação das Mercenárias, Silvia tem uma carreira solo e lançou um EP com produção de Pipo Pegoraro e participação de Júpiter Maçã. Ela é responsável pela grande maioria das letras de "EST". O trabaho foi  foi gravado no Wah Wah Studio, em São Paulo, traz 10 faixas inéditas, entre elas "Asas Irreais", que acaba de ter seu clipe, dirigido pelo jovem Joaquim Pedro dos Santos, lançado . "Essa música foge à regra, pois a letra já existia há um tempo. Ela fazia parte da lista das letras sem músicas, ou inacabadas. "Asas Irreais" faz menção ao poema "Ismália", do poeta mineiro Alphonsus de Guimarães, que, diga-se de passagem, também escrevia com musicalidade os seus poemas. A música que Edgard compôs abraça a letra tornando-a ainda mais visual e carregada de sentimento místico. Era pra ser intensa e ao mesmo tempo delicada, assim como o poema, no qual o poeta discorre sobre um desejo que só é alcançado quando atravessado a fronteira da vida para a morte". – explica Tape.

– É de "Mistério dos 30" que o Dingo Bells extraiu o título do disco de estreia, lançado em abril deste ano. "Não espero acabar tão sério", primeira linha da música, convida para uma reflexão sobre o conceito sufocante de vida adulta. Agora, a faixa é interpretada em um acurado vídeo dirigido e roteirizado pelo também gaúcho Martino Piccinini, que se debruça sobre o tema central deMaravilhas da Vida Moderna. A forte entrega da porto-alegrense Silvana Rodrigues às personagens do clipe, duas mulheres da geração mid-twentiesem momento de crise pessoal, reforça que, por trás de melodias pop e da energia indiscutível dos shows, o trio capta as incertezas de seu tempo — é tocante quando a capa do álbum desaba sobre a atriz. Confirmado no Lollapalooza 2016, o grupo formado por Rodrigo Fischmann (voz e bateria), Felipe Kautz (baixo e voz de apoio) e Diogo Brochmann(guitarra e voz de apoio) surpreendeu crítica e público com o instrumental arrojado e o lirismo do CD independente, indicado ao Prêmio Açorianos 2015. O jazz fusion de Steely Dan, o cancioneiro de Milton Nascimento e o psicodelia folk do Fleet Foxes estão entre as referências da banda, que se apresenta em São Paulo dias 11 e 12 de dezembro (sexta e sábado), sempre a partir das 20h, em aconchegante temporada na Casa do Mancha (R. Felipe de Alcaçova, s/nº, Pinheiros). Disponível nos serviços digitais e para download gratuito em www.dingobells.com.br, Maravilhas da Vida Moderna reúne produção assinada pelo premiado Marcelo Fruet (Apanhador Só) e participações especiais de Felipe Zancanaro (Apanhador Só), Ricardo Fischmann (Selton) e Tomás Oliveira (Mustache & Os Apaches). Gravado entre fim de 2014 e início de 2015, na bucólica Viamão (RS), contou com apoio de um crowdfunding.  Originado em 2006, o Dingo Bells traz na bagagem um EP homônimo (2010) e um single feito em parceria com o cantor e compositor Helio Flanders, "Lobo do Mar" (2013). Com bom tempo de estrada, o grupo é bastante prestigiado na região Sul do país e, desde a estreia do primeiro disco completo,no início deste ano, vem ascendendo em outras partes do Brasil. A turnê do trabalho atual já visitou cidades como Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Feira de Santana e Aracaju, além de ter rendido shows lotados em São Paulo e Porto Alegre.

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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